"Colombiano lavou a alma, após o traumático autogolo frente ao Chelsea. António Silva e Enzo Barrenechea a fechar os caminhos da baliza e Pavlidis a deixar a pele em campo
Melhor em campo: RICHARD RÍOS (7)
O colombiano esteve em excelente plano no enquadramento estratégico que José Mourinho definiu como o desejável para sair do Dragão com pelo menos um ponto. Deixou para trás qualquer resquício do autogolo que marcou a história do encontro frente ao Chelsea, mostrando-se confiante e comprometido desde o apito inicial. Muito forte nos duelos – e a sair deles -, criterioso a encurtar os espaços a Gabri Veiga e no apoio, pontual, mas necessário, aos dois centrais, Ríos saiu revigorado da partida, com apontamentos que o aproximaram do nível exibido nos tempos do Palmeiras. E até o cartão amarelo que viu antes do intervalo por cravar os pitons no ombro de Gabri Veiga soube gerir sem dramas e sem cair na tentação de ser expulso, formando com Enzo Barrenechea uma dupla afinada e à prova de dragões.
6 TRUBIN — Não teve muito trabalho, mas o que teve resolveu muito bem. Intervenção muito celebrada aos 42’ quando Borja Sainz apareceu a rematar à queima-roupa. O ucraniano foi o único na área a ter uma leitura correta do lance, quando todos à sua volta entraram em pânico. Aos 55’, nova intervenção, mais simples, num remate frontal de Gabri Veiga.
5 DEDIC — Muito bom tecnicamente, mas falha na definição quando o lance de ataque parece prometedor. Defensivamente não teve dificuldades em travar Borja Sainz e na teia montada por Mourinho era o que se lhe pedia - não inventar.
7 ANTÓNIO SILVA — Grande jogo do internacional português, que nunca perdeu as coordenadas defensivas e arrancou para um clássico quase sem falhas. Corte fantástico a quatro minutos do final quando cortou pela raiz uma iniciativa individual de William Gomes, que rompia na área após deixar três adversários para trás.
6 OTAMENDI — Liderança e qualidade do argentino. Apesar de um corte arriscado na área encarnada, que resultou numa das boas oportunidades criadas pelo FC Porto na primeira parte (Pepê tentou em jeito e falhou o alvo), o defesa argentino compensou com uma atuação sólida.
5 DAHL — Confortável tanto com Pepê em campo como com William Gomes, que substituiu o compatriota. Sóbrio e extremamente concentrado, geriu bem as investidas dos extremos portistas e a meio da 2.ª parte até começou a libertar-se mais de amarras e a queimar quilómetros.
7 BARRENECHEA — Bom jogo do médio, que foi uma nuvem teimosa de Froholdt, sem que essa missão o tenha amarrado a esta única referência. Procurou sempre alargar o seu raio de ação e compensar os desequilíbrios. Aos 64’, quase sem querer, esteve no epicentro da melhor oportunidade do Benfica: penteou a bola e Kiwior, na tentativa de cortar, acertou na trave.
5 LUKEBAKIO — Algum do fogo do belga foi controlado pela estratégia de Mourinho. Objetivamente, foi tampão das subidas de Moura e na única vez em que se distraiu o lateral levou perigo à baliza de Trubin – deteve remate de Borja Sainz. Num livre descaído pela direita ainda forçou Diogo Costa a uma saída a punhos da baliza (48’).
5 SUDAKOV — Autor do único remate enquadrado do Benfica na primeira parte, resultado de um livre direto que ele próprio conquistou numa falta cometida por Pepê. Taticamente, posicionou-se de forma estratégica nas costas de Pavlidis, enquanto Aursnes ocupava o lado esquerdo. Com o grego, formou a primeira linha de pressão à saída de bola do FC Porto. Na segunda parte, foi trocando de posição com o norueguês, assumindo um papel mais ativo na contenção das subidas de Alberto, o que trouxe maior equilíbrio à equipa.
6 AURSNES — Começou na esquerda e seguramente que esse posicionamento trouxe a Dahl outra perspetiva do clássico, dado que filtrou muito do perigo que vinha do corredor direito do FC Porto, com Alberto e Pepê.
7 PAVLIDIS — O que trabalhou o grego! Sempre a procurar os duelos, nunca recusando disputar as bolas mais difíceis quando surgia de costas para a baliza, atou os nós da estratégia de Mourinho, por muito ingrato que seja para um ponta de lança receber poucas bolas em profundidade ou cruzamentos tensos.
4 LEANDRO BARREIRO — Chamado a aliviar a pressão que a equipa podia sentir com um investimento mais forte dos dragões - e que não sentiu assim tanto, apesar da bola nos ferros de Mora. Nem sempre o passe lhe saiu bem.
(-) TOMÁS ARAÚJO — Mora entrou e Mourinho chamou-o imediatamente ao jogo.
(-) JOÃO REGO — Pouco tempo em campo, logo sem ‘relógio’ para ações de relevo."

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