"Como devem ter percebido pelas imagens e pelos relatos que foram surgindo da viagem do SL Benfica a Milão, desta vez não houve o tradicional apoio dos nossos adeptos no Estádio Giuseppe Meazza. Não foi permitida a venda de bilhetes neste primeiro jogo fora de casa para a Liga dos Campeões. Isto devido ao castigo imposto pela UEFA depois do comportamento incorreto da temporada passada, curiosamente contra o mesmo adversário e no mesmo local. A isso juntaram-se 35 mil euros de multa, depois de várias tochas terem sido arremessadas para cima dos adeptos do Inter, situados numa bancada abaixo dos apoiantes do Glorioso. Isto aconteceu em Maio de 2023, a fatura chegou na passada terça-feira, e a culpa é apenas dos prevaricadores.
De um espectáculo de futebol têm fazer parte o público, o apoio, as coreografias, o entusiasmo, a quase irracionalidade dos sentimentos. No entanto, nesse mesmo espectáculo não pode entrar a violência, a estupidez e a colocar em risco a segurança e o bem-estar de quem está nas bancadas. Era expectável e sabida a decisão de exclusão dos nossos adeptos no jogo desta semana (apensar de um punhado deles ter conseguido lá entrar, como se viu na transmissão televisiva), mas não deixa de ser vergonhoso - por culpa própria, mais uma vez - não termos tido um apoio audível ao longo de toda a partida. Nem quando Neres foi derrubado para grande penalidade (não assinalada, claro), nem quando a equipa acusava a pressão italiana e precisava do tradicional colinho. Não foi com certeza por isso que o SL Benfica não ganhou ao Inter, mas, como se viu no malfadado ano da pandemia, a presença de público faz muita diferença nas prestações encarnadas. A ver se aprendemos todos alguma coisa com isso."
Ricardo Santos, in O Benfica
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