"Nos últimos dias, todos temos visto as manobras desesperadas do FC Porto e do Porto Canal instigando ao ódio e à violência contra jornalistas e comentadores por tecerem as suas opiniões e fazerem uso da liberdade de expressão, esse direito “proibido” que foi conquistado em 1974 mas parece incomodar sobremaneira o clube azul e branco.
Tudo começou quando Rui Santos, sem rodeios, referiu que o penálti não assinalado em Braga a favor do Benfica tinha sido vergonhoso e que «os árbitros portugueses estão a ser coagidos e a adulterar a verdade desportiva». O jornalista disse ainda que «o nosso campeonato é uma farsa. É preciso ter coragem de dizer isto. O futebol em Portugal está controlado por pessoas ligadas a claques. Entraram-me no Whatsapp do meu telemóvel mais de 140 indivíduos ligados a uma claque bem conhecida por todos (Super Dragões) com ameaças de morte. Não vou parar. Vai tudo para a polícia. Custe o que custar». Desde estas afirmações, a instituição da fruta, café com leite e chocolatinhos colocou a “carne toda no assador” e fez soar os alarmes entre os animais que todos muito bem conhecemos.
O Porto Canal, um dos tentáculos do clube, logo deu início à instigação desses energúmenos, lançando artigos a denegrir o jornalista e publicações a identificar a esposa e o seu local de trabalho na cidade do Porto, de forma clara e com morada incluída, para que a mensagem explícita fosse bem entendida a quem de direito. Em consequência destas táticas vergonhosas e dignas de um qualquer país de terceiro mundo, a mulher do jornalista foi alvo de várias ameaças de morte e teve mesmo de ter acompanhamento médico, tendo já apresentado queixa na Polícia Judiciária e sendo-lhe concedida proteção judicial por perigo de vida.
Além de Rui Santos e sua esposa, o clube azul e branco apontou as “armas” também a Tânia Laranjo, da CMTV, pelo silêncio devido à agressão de um jornalista que terá ocorrido junto ao Estádio de Alvalade. O problema? Tânia Laranjo nada disse porque simplesmente se encontrava na Turquia a exercer o seu trabalho no meio de milhares de mortos e vítimas da catástrofe que ocorreu naquele país. Por outras palavras, tinha bem mais com que se preocupar que com um jogo de futebol.
E como não há duas sem três, tentaram ainda silenciar e afastar António Melo, comentador da Bola TV, por este ter recitado o poema “Alma de Corno”, de Fernando Pessoa, dedicando-o a Pinto da Costa. Recorde-se que, não faz muito tempo, conseguiram que um colaborador da ELEVEN fosse despedido por ter dito uma piada sobre Taremi.
É esta a habitual estratégia desonesta e ordinária que manipula pessoas e instiga o ódio no futebol português ao longo de várias décadas. As autoridades estarão certamente à espera que aconteça uma desgraça para depois agirem, em plenitude da hipocrisia, mostrando-se surpreendidas quando algum delinquente concretizar aquilo que todos sabemos que poderá acontecer a qualquer momento. É inaceitável o que se anda a passar com a conivência da justiça.
Deixamos um vídeo que recordará muita gente dos velhos esquemas de Contumil. São 40 anos disto."
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