"Com golos de Seferovic e dois de Darwin, o Benfica consegue o resultado desejável para seguir em frente para a final four da Taça da Liga. Tomás Araújo foi titular e Paulo Bernardo entrou ao intervalo
Parecia um daqueles jogos de captações dos jovens no início de cada época. Os rapazes de vermelho, tal eram as alterações no 11, estavam desligados, não se conheciam dentro do relvado. Os de verde, orientados por Leonel Pontes, estavam bem organizados, confortáveis. E o tempo ia passando. Depois de um remate fortíssimo de Gilberto, sacudido para canto, o rival do Benfica quase marcou na bola parada, com um cabeceamento de Jô Batista ao ferro da baliza de Helton Leite. O marcador não mexeu e os homens da casa, com urgência e necessidade para chegar aos três golos necessários, acabaram por acertar o passo, foram convocados os nomes mais pesados e desataram a marcar golos. O Benfica venceu o Sp. Covilhã por 3-0, o resultado que significava a passagem à final four da Taça da Liga.
Atrás, o Benfica entrou com o estreante Tomás Araújo, Ferro no meio e Morato a central-esquerdo. Nos corredores estavam Éverton e Gil Dias (mais venenoso do que o brasileiro), que acabariam por trocar de lado durante o jogo, talvez para abanar um pouco o cinzentismo encarnado. No meio campo, Meité não terá impressionado ninguém, pois saiu prejudicado pela pouca produção ofensiva dos visitantes. Adel Taarabt idem, embora, sendo um jogador técnico e fino, tenha outra visibilidade, mas as decisões e afinações foram discutíveis. Pizzi, atrás de Seferovic e Gonçalo Ramos, foi aparecendo a espaços, mas sem o brilhantismo de outros tempos.
O primeiro golo do Benfica, uma equipa totalmente desinspirada, surgiu numa bola parada trabalhada: Taarabt
passou a Pizzi, que deixou para Gonçalo Ramos, que tocou para Seferovic ser feliz e confirmar o propósito desta gente que andava ali para seguir em frente nesta competição. Os timings acertados e a qualidade nos toques de primeira são uns dos maiores tesouros do futebol.
passou a Pizzi, que deixou para Gonçalo Ramos, que tocou para Seferovic ser feliz e confirmar o propósito desta gente que andava ali para seguir em frente nesta competição. Os timings acertados e a qualidade nos toques de primeira são uns dos maiores tesouros do futebol.
Deivid Silva e Arnold iam sendo os jogadores mais atrevidos, num segundo plano relativamente ao solidário e bom avançado Jô, que tem cinco dos nove golos do Sp. Covilhã na 2ª Liga. Gonçalo Ramos, isolado por Taarabat, quase fez o 2-0, mas nada feito, Léo fechou a torneira da urgência lisboeta.
Aos 39’, Tembeng, imprudente, pisou Éverton e, apesar de já ter amarelo, viu o vermelho direto. A vida ficou muito mais complicada para a equipa que viajara da Covilhã e o jogo mudaria definitivamente depois deste momento. É que, apesar da desinspiração dos benfiquistas, havia ainda menos desculpas para o Benfica não abafar o adversário.
Ao intervalo, Jorge Jesus deu o sinal de que o caminho era mesmo para a frente: Paulo Bernardo, Darwin Núñez e Rafa entraram na equipa e tudo começou a fluir melhor. A pressão era intensa e dava a sensação de que se tratava de uma questão de tempo até que o Sp. Covilhã, inofensivo na frente, acabaria por ceder.
Embora se esperassem mais golos e uma convicção mais afinada do Benfica, os golos não aterravam na Luz. Por isso, Jesus trocou Ferro por Yaremchuk. A carne estava toda no assador, o treinador demonstrava que queria seguir em frente para a final four da Taça da Liga, onde já estava o Sporting.
O 2-0 acabou por surgir aos 68’, de penálti, depois de Gilberto derrubar o imprevisível Rafa: Darwin assumiu e celebrou o segundo golo da noite.
Cinco minutos depois, com os serranos cada vez mais desgastados e desafinados na organização defensiva, Darwin marcou o terceiro golo da noite, de fora da área. O guarda-redes Léo não abordou bem o lance e acabou por ter responsabilidades no remate do uruguaio.
O jogo abrandou e muito de ritmo. O Benfica já tinha o que queria e não valia a pena mais aventuras. Por isso, Jorge Jesus, longe do banco da Luz por castigo, mandou retirar Gonçalo Ramos e fez entrar André Almeida, que se posicionou a defesa direito. À parte da tentativa de felicidade de Paulo Bernardo, que chutou de longe da área para se estrear a marcar com a camisola principal do Benfica, nada mais aconteceu.
Apito final da Luz: Benfica supera Vitória de Guimarães e segue em frente para a final four da Taça da Liga."
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