"O Benfica venceu (2-0) o Dínamo Kiev, o que, conjugado com a derrota (3-0) do Barcelona contra o Bayern, garante às águias a presença nos oitavos de final da Champions. Tudo correu de feição à equipa portuguesa desde cedo, dado que aos 22' já Yaremchuk e Gilberto tinham dado vantagem ao Benfica e ao intervalo os bávaros iam batendo os catalães por 2-0. Na segunda parte, Vlachodimos travou a reacção ucraniana, ganhando o contestado Jorge Jesus novo alento com a primeira presença do Benfica nos oitavos desde 2016/17
Por muito que Jorge Jesus, na antevisão à partida, o tenha tentado negar, havia uma sensação de juízo público no ar antes do Benfica - Dínamo Kiev. Com a derrota contra o Sporting bem presente, a assobiadela que se ouviu no Estádio da Luz quando o nome do treinador foi anunciado, minutos antes do pontapé inicial, evidenciou que, mais do que um lugar entre as 16 melhores equipas da Europa, as águias discutiam boa parte da estabilidade do seu projeto na última noite da fase de grupos.
E a verdade é que tudo correu da melhor forma possível ao Benfica. Fruto de um início autoritário, que se conjugou com o desacerto do adversário, a equipa portuguesa chegou rapidamente ao 2-0, colocando-se, desde cedo, as atenções em Munique. Ora, da Alemanha também chegavam boas notícias, servindo cada golo do Bayern para aproximar o Benfica da fase seguinte da prova.
À vitória das águias somou-se nova noite dura para o Barcelona, com o 3-0 imposto pelos bávaros aos catalães a conjugar-se com o resultado de Lisboa para deixar a Luz em festa com a primeira presença do Benfica nos oitavos da Champions desde 2016/17.
Para tentar alterar a imagem do dérbi, Jesus apostou em Pizzi para fazer companhia a Rafa e ao também regressado ao onze Yaremchuk na frente do ataque. E a partida começou a todo o gás, já que antes do primeiro minuto já o avançado ucraniano tinha obrigado Bushchan a aplicar-se, não conseguindo Rafa, na recarga, acertar com a baliza. Pouco depois, Tsygankov fez ainda pior, dado que com a baliza à mercê enviou a bola para as bancadas do Estádio da Luz.
Já depois de Pizzi também ter criado perigo, o arranque elétrico da equipa da casa, forte a partir para o ataque rápido, levou ao 1-0 aos 16'. Após boa combinação entre Rafa e João Mário, o ex-Sporting serviu Yaremchuk, atirando o avançado para o primeiro tento da noite.
Roman, que viveu na academia do Dínamo dos 10 aos 17 anos, não tendo conseguido marcar qualquer golo nos 11 encontros que disputou na equipa principal do emblema de Kiev, estava em branco desde 25 de setembro. Foi, justamente, contra o clube "onde se fez homem", segundo as suas palavras, que o ucraniano quebrou um jejum de 11 partidas sem festejar.
A equipa do experiente Mircea Lucescu acusou o momento e, seis minutos após o 1-0, as águias dobraram a vantagem. Uma má abordagem da defesa visitante deixou Gilberto, o mal-amado que tem revelado faro de golo, na cara de Bushchan, atirando o brasileiro para o 2-0. Com três tentos em 2021/22, o lateral vai respondendo às críticas com presença na área adversária.
Tendo em conta a marcha do marcador na Luz, após o 2-0 a noite do Benfica passou a jogar-se mais em Munique do que em Lisboa. O nulo ia-se mantendo na Baviera, o que colocava a equipa de Jesus nos oitavos, ainda que, a qualquer momento, um golo dos catalães mandasse os portugueses para a Liga Europa. Mas o que aconteceu foi, justamente, o contrário.
Thomas Müller e Sané vivem numa galáxia futebolística distante da realidade das equipas portuguesas, mas os dois tentos dos jogadores alemães antes do descanso foram celebrados pelo pública da Luz como se tivessem sido apontados por atletas do Benfica. Ao intervalo, os 2-0 registados em ambos os duelos do grupo E eram um manifesto convite ao optimismo.
Já desde a parte final do primeiro tempo que a equipa da casa foi dando a iniciativa ao Dínamo, e essa tendência manteve-se na etapa complementar. Guiados pela técnica e critério de Shaparenko, os ucranianos tomaram contas dos acontecimentos e o segundo tempo foi, salvo honrosas excepções, um monólogo de domínio do conjunto de Kiev, que teve muita bola (acabou com 61% de posse), mas nunca conseguiu um tento que recolocasse a dúvida sobre o vencedor final da partida.
Aos 57', um remate de Mykolenko às malhas laterais da baliza local levou a que se ouvissem alguns assobios perante a passividade das águias, aumentando essas demonstrações de algum descontentamento perante a exibição do Benfica com o passar dos minutos. A equipa portuguesa praticamente não atacava, e a verdade é que, uma vez mais nesta fase de grupos, tem razões para agradecer ao seu guarda-redes.
Desde o play-off, quando foi gigante contra o PSV, que Vlachodimos tem sido um dos melhores jogadores do Benfica nesta Champions. O grego tem dado continuidade a esse nível em Kiev ou Barcelona, e as suas paradas a evitar o 2-1 de Tymchyk, primeiro, e Buyalskyy, depois, foram fundamentais para impedir que a superioridade ucraniana se traduzisse num diminuir da vantagem que reavivasse fantasmas recentes.
O Benfica aceitou assistir a uma hora de circulação do Dínamo, satisfeito com as notícias que vinham da Alemanha e a segurança dada pelo seu guardião. Sem nunca ter encaixado um golo que semeasse dúvidas em Lisboa e perante o aumentar da vantagem do Bayern em Munique, os derradeiros minutos do jogo foram pouco mais que um prólogo da festa.
Pela quinta vez na história, o Benfica superou a fase de grupos da Champions e disputará os oitavos de final da prova. Jorge Jesus, que começou a noite a ser assobiado, vê um conjunto orientado por si marcar presença entre os 16 melhores da Europa pela segunda vez na sua carreira.
O mês de dezembro ainda trará duros testes ao Benfica, nomeadamente o duplo embate frente ao FC Porto, mas, para já, o projeto de JJ ganha novo alento, e logo quando o treinador vinha sendo mais contestado. É legítimo manter dúvidas sobre o nível de jogo das águias, mas esta passagem vale milhões, não só em dinheiro, mas também em credibilidade para o futuro próximo."
Depois temos o Nojo de hoje a escrever que se ganharem a Liga Europa recebem mais do que se passassem aos oitavos da Champions! Claro que se esquecem que pode-se passar aos quartos de final e que quem for à final da Champions recebe 50 e tal milhões. Assim, fazendo paralelo, para o Nojo 15 milhões são mais do que 50 milhões!!! chama-se a isto jornalismo e ainda por cima isento. Alguém falou ou escreveu sobre os jornalistas espanhóis agredidos pelos adeptos do Porto? Quanto ao Sporting, dizia ontem um jornaleiro num qualquer canal que o Benfica recebia 12,4 milhões pela passagem aos oitavos e que o Sporting recebia 45 milhões, misturando a parte com o todo, de forma a omitir que o Benfica já vai em 52 milhões de receitas. Extraordinário como se consegue ser objectivo e isento!....
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