"2019 está perto do fim e está na altura de eleger os destaques, quer sejam pela positiva, quer sejam na negativa, do Sport Lisboa e Benfica.
O ano que agora finda foi um ano agridoce para os encarnados. O principal objectivo – a conquista do tão almejado “37” – foi alcançado, terminando o campeonato com mais dois pontos que o Futebol Clube do Porto. A conquista da Supertaça, diante do Sporting CP, por uns incríveis 5-0, ajudaram a que o ano de 2019 fosse um ano encarnado.
Ainda assim, as restantes competições internas não foram conquistadas. Na Taça de Portugal, o Benfica caiu nas meias finais frente ao seu eterno rival, Sporting. Na luta pelo “caneco” da Taça da Liga, o carrasco dos encarnados foram os dragões, que venceram o glorioso na “final-four” da competição por três bolas a uma.
A luta pela glória europeia também não correu de feição à equipa das águias, que se viram eliminados na fase de grupos da Liga dos Campeões, tendo caído para a Liga Europa. Contudo, na segunda competição de clubes mais importante organizada pela UEFA, o Benfica chegou aos quartos de final, tendo saído derrotado da mesma, pelo Eintracht Frankfurt, que tinha vantagem pelos golos marcados fora do seu reduto.
Nesta temporada, espera-se que melhores resultados apareçam. Eliminado da Taça da Liga e da Liga dos Campeões, o SL Benfica é líder isolado da Primeira Liga, defrontará o FK Shakhtar em jogo a contar para os 16 avos de final da Liga Europa e tem pela frente o Rio Ave FC na meia final da Taça de Portugal.
Foi, então, o ano em revista, mas ainda falta falar dos protagonistas desta história.
O Jogador do Ano
Pizzi – O motor da equipa, o nosso comandante, Pizzi! O internacional português Luís Miguel Afonso Fernandes é eleito, por mim, como o melhor jogador a actuar com a camisola encarnada no ano civil de 2019.
Arrancadas estonteantes, passes de cortar a respiração, golos de todas as maneiras e feitios. Senhoras e senhores, Pizzi. Que ano incrível para o melhor médio a actuar no campeonato português.
Traduzindo o seu talento para números, Pizzi, na temporada passada apontou 15 golos e 23 assistências em 55 aparições. Como se já não fossem estes números impressionantes, ainda temos de juntar os números desta temporada. São 19 golos e 10 assistências em (apenas) 25 jogos.
O médio transmontano está a atravessar o seu melhor momento da carreira e está num nível simplesmente fantástico. A sua preponderância no onze de Bruno Lage não se resume ao processo ofensivo, uma vez que tem um papel importante no equilíbrio defensivo dos encarnados.
Que é isto, Pizzi? Que bem que jogas!
A Desilusão do Ano
Raúl de Tomás – De maior promessa, a um possível flop. Raúl de Tomás chegou à Luz esta temporada e, até ao momento, nada! Nada que justifique o valor que saíram dos cofres encarnados. Qualquer coisa como 20 milhões de euros.
Já esteve em “período de habituação”, já teve “falta de sorte”, também “não tem oportunidades”, mas a única verdade é que ainda não fez nada. Se tivesse de descrever Raúl de Tomás numa única palavra seria “nada”. Por 17 ocasiões que já vestiu o manto sagrado, em jogos oficiais e apontou, até ao momento, três golos. Três míseros golos.
Contudo, as minhas preces são que em 2020 o jogador espanhol me obrigue a fazer um “mea culpa” e que finalmente comece a jogar à bola. Vá lá, Raúl, és pago para isso.
A Revelação do Ano
João Félix – Este é o miúdo! Fez correr muita tinta, fez capas, fez golos e assistências, fez um ano 2019 incrível enquanto esteve ao serviço do Sport Lisboa e Benfica.
De camisola 79 nas costas, João Félix espalhou a sua magia pela Catedral e fez os fiéis encarnados levantarem-se das suas cadeiras, vezes sem conta, para aplaudir o seu génio. Foi, sem qualquer margem de dúvida, a grande revelação do ano de 2019.
Jovem formado na academia do seixal, João Félix chegou à equipa principal do Benfica e de lá não saiu até se ter transferido, no defeso de verão, para o Club Atlético de Madrid, por qualquer coisa como 126 milhões de euros.
Na última temporada, de águia ao peito, o miúdo-maravilha disputou 43 partidas e apontou 20 golos, em todas as competições. O ano de Félix não podia ter corrido melhor e acabou mesmo por vencer o prémio Golden Boy – de melhor jogador jovem da Europa (sub-21)-, juntando-se a Renato Sanches como os únicos portugueses detentores do troféu.
A presença de Félix no plantel encarnado foi fulcral e é um dos grandes responsáveis pela “Reconquista” do título de campeão nacional. Obrigado, João! Vai puto!"
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