"A forma de fazer oposição mudou. O debate de ideias em assembleias-gerais ou nas bancadas de um qualquer parlamento já não é o que era. O cara a cara foi substituído pela cobardia das redes sociais, onde qualquer um pode ser herói e vilão. E por dezenas, centenas, milhares de comentários de apoiantes - na sua imensa maioria virtuais - que se reproduzem facilmente nos posts, nos blogues, nos comentários às notícias.
Está provada a interferência das redes socais nas eleições presidenciais norte-americanas que levaram Donald Trump ao poder. Está igualmente bem documentada e demonstrada a partilha de notícias falsas nas eleições brasileiras que colocaram Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. Por cá, assistimos nas últimas Legislativas à chegada a São Bento de um partido com uma proposta de governação bem próxima dos abusos da extrema-direita. E onde é que a sua esfera de influência está mais presente? Num canal de televisão privado que lhe garante visibilidade e num canal do YouTube e redes sociais onde se destila ódio e se partilham discursos demagógicos.
O que é que isto tem que ver com o Sport Lisboa e Benfica? Tudo.
Se nos deixarmos dormir, o que vai acontecer é um candidato à liderança do Glorioso, com menos de 5% de intenções de votos, poder discutir a presidência depois de meses, anos de guerrilha e ataque constante a tudo o que se faz no clube. E como será isso possível? Fácil, com a ilusão das multidões das redes sociais, com os favores das notícias plantadas, com a criação de um cenário de desconfiança e teoria da conspiração que acaba sempre por ganhar adeptos entre os 'eleitores' menos informados. Olhos bem abertos, meus caros."
Ricardo Santos, in O Benfica
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