"O Serial Killer de Gigantes em Crise voltou a atacar e depois de ter assassinado o Benfiquinha, o cadáver inerte do Cheirinho Flamenguista foi encontrado numa viela escura do Rio de Janeiro, sendo Jorge Jesus o único suspeito do crime, que aconteceu naquele que terá sido o melhor fim de semana da vida do popular Chicletes. Agora, não resta à direcção do Flamengo outra opção que não renovar vitaliciamente com o amadorense, sob pena de o ver sair e lançar suspeições sobre as conquistas rubro negras sobre o seu próprio comando.
Paradoxalmente à grande semana que o técnico luso viveu com todo o mérito, esta significou também um enorme atestado de incompetência para o jornalismo português. Durante 2 meses bombardearam o povo viriato com toda a história do Clube de Regatas Flamengo e todos os pormenores da última vitória dos cariocas na Copa Libertadores, mas incrivelmente esqueceram (ou eu não vi) a maior e melhor estória da história da conquista de 1981, que só para piorar a imagem dos jornalistas deste cantinho à beira mal plantado, tem enormes ligações a Portugal e ainda mais grave, já uma vez tinha sido referida no blog A Mão de Vata, que certamente todos eles consultam diariamente para extrair informação pertinente sobre o pontapé na bola português.
Passemos então aos factos: em 1981 a final da "Liberta" ainda era disputada a duas mãos. O Flamengo enfrentou nos dois jogos decisivos o Cobreloa, uma daquelas equipas que torna o campeonato Chileno o mais genial do mundo no que a nomes diz respeito, juntamente com Antofagasta, Colo Colo, O'Higgins, Coquimbo, Palestino ou Cobresal. No Maracanã vitória dos brasileiros com Carpegiani ao leme por 2-1. No Monumental David Arellano (googlei, confesso) 1-0 para os chilenos treinados pelo imortal Vicente Cantatore. Principal destaque de ambos os jogos: Mario Soto, internacional andino que em 180 minutos distribui tanta porrada de criar bicho pelos Reis do Samba, que conta-se, até o ditador Pinochet ficou chocado.
Ora, não havendo regra de "golos fora", foi necessário marcar jogo de desempate para o Estádio Centenário em Montevideo, onde aos 86 minutos de um jogo ligeiramente rasgadinho (só ia com 3 expulsões à data) o resultado anotava Zico 2-0 Cobreloa. É então que Carpegiani, pretendendo certamente mais golos, chama o ponta de lança Anselmo para entrar. Instrução única: atacar... Mário Soto. Cumpridor à risca das instruções tácticas, o avançado entrou e agrediu o chileno a soco e foram ambos expulsos e no regresso a Terras de Vera Cruz o reservista foi recebido como herói e tarjas de "Anselmo Vingador". A parte portuguesa da questão que confere aquele toque de "ele estava logo aqui à mão de semear", é que depois de ter terminado a carreira no Louletano, Anselmo radicou-se em Quarteira. Onde até à data, não há registo de ter aparecido Mario Soto."
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