"A Justiça tomou em mãos o chamado caso e-toupeira, investigou, inquiriu, ouviu acusação e defesa, teve uma decisão de primeira instância, a que sucedeu recurso, finalmente decidido de forma definitiva. Depois de terem sido dados todos os passos, que salvaguardaram direitos, liberdades e garantias, há quem vá sentar-se no banco dos réus (o que não implica que venha a ser condenado, é para determinar isso que existe um julgamento) e quem a isso tenha sido poupado, por deliberação dos mesmíssimos desembargadores. A Justiça funcionou, a Justiça decidiu.
Esta normalidade tem sido, contudo, apoucada por quem desejaria uma sentença em sentido diferente e não tem pudor em deitar mãos aos argumentos falaciosos para manter viva a guerra na praça pública. A Justiça tem tempos e modos próprios e não deve ser considerada boa ou má consoante as sentenças agradem mais ou menos a gregos ou troianos.
Os dias que correm são particularmente relevantes para os principais clubes, quer pelas dinâmicas internas em que vivem quer, sobretudo, pela importância determinante de se participar, ou não, na Liga dos Campeões. Percebe-se, assim, o desespero de quem vê o futuro a pintar-se em tons mais sombrios, e aponta em todas as direcções, à espera de acertar miraculosamente um tiro que inverta os dados da equação. Mas não deverá ser, por certo, caluniando a Justiça, ou tentando criar intrigas de alcoviteira entre uns e outros, que irão levar a água ao seu moinho. O futebol deve contribuir para um país melhor, e não, por mero oportunismo e demagogia, para tentar criar perturbação institucional."
José Manuel Delgado, in A Bola
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