"Muito interessante, de prometedora, a exibição do Benfica, na Califórnia, num teste exigente com uma equipa mexicana já em estado adiantado de forma, muito agressiva e muito competitiva, apesar de, por vezes, ingénua e tacticamente frágil.
Bruno Lage parece ter conseguido uma importante linha de continuidade da época passada, que não apenas mantém como fez evoluir princípios de jogo que tornam a equipa princípios de jogo que tornam a equipa muito eficaz, principalmente na espantosa diversidade de soluções atacantes, fabricadas pela qualidade técnica de um meio campo dinâmico e interactivo e pela versatilidade dos seus jogadores mais avançados, onde Raul de Tomas deixa marcas contraditórias, entre um jogador com indiscutível faro de golo e um jogador que, por enquanto, parece olhar mais para si do que para a equipa. É algo que nem sempre pode ser entendido como defeito num ponta de lança, mas, neste Benfica, que tem um futebol de contacto e de interligação pode tornar-se um factor de descontinuidade e, por isso, a trabalhar.
Outro dado importante, que ressalta, é o da confirmação do desejo de Bruno Lage em encontrar pontos de concorrência em cada lugar no onze. Parece a caminho de o conseguir. Num jogo em que era permitido mudar o onze, o treinador do Benfica conseguiu a proeza de ter duas equipas a jogar o mesmo futebol, apenas com as alterações provocadas pelas naturais diferenças das individualidades. E já que falamos em individualidades, nota assinalável para um extraordinário primeiro quarto de hora de Jota, a perspectivar o crescimento rápido de um jovem com enorme potencialidade."
Vítor Serpa, in A Bola
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