"As iniciativas da acção penal devem ser especialmente ponderadas. Fazer descer à Capital toda a administração de uma SAD do Porto, com o seu Presidente à cabeça, com a vetustez dos seus 80 anos, para os informar que estão indiciados pelo crime de ofensa a pessoa colectiva… Convenhamos que é humilhante. As pessoas têm passado e registo curricular. Quem já foi acusado de corrupção desportiva e recurso a segurança ilegal, quem já foi investigado por muito mais, quem é tratado por Papa, o artífice do futebol moderno, o referencial ético do presente, vir a ser incomodado por uma subespécie de difamação, ainda para mais dirigida ao Benfica… há qualquer coisa surreal nisto tudo… Al Capone ainda foi apanhado pelas finanças… agora ofensa a pessoa colectiva, no leque de crimes, é quase desprezível para a galeria dos notáveis do F.C. Porto. Só em Lisboa inventariam algo assim. Escrevem-se tratados sobre Pinto da Costa, mas nunca alguém se tinha lembrado de uma nota de rodapé a indiciá-lo por ofensa à honra do Sport Lisboa e Benfica. Em carreiras longas tudo pode acontecer, é da vida. Talvez seja a contrapartida de fama e do proveito, neste País de invejosos, sulista e muito complexado.
Razão tem a comunicação social que não ligou muito ao assunto. Não se pode dar palco aos sentimentos mesquinhos da condição humana. Haja mão firme, senão tomavam tudo até ao pescoço. Fiquem sabendo que a um arguido tudo é permitido, até fugir da verdade, ou ficar calado para não fazer asneira. Mas jamais Pinto da Costa o faria. Não percebo, sinceramente. Tenho a certeza, certificada, que Pinto da Costa nada tem que ver com o roubo de correspondência do Benfica. Nem com a sua difusão. Então porque não mantê-lo como testemunha? Que raio… meter assim uma pessoa ao barulho. Sabem muito. Mas há quem também saiba. Ser arguido por ofensa ao Benfica, no futebol português, é quase como ser Dragão de Ouro. É ver reconhecido, publicamente, o seu préstimo a uma causa. Pinto da Costa está habituado a galardoar. Já era tempo de ser galardoado. Fosse ele indiciado por corrupção, outra vez, outro galo cantaria. E não era o do Gil Vicente. Era o de um qualquer assistente que se poderia constituir e participar activamente no processo, fornecendo informações, coadjuvando o Ministério Público, impondo um ritmo. Assim, é mais complicado. Mas não é impossível. Há sempre caminho para as boas intenções. É por isso que quem souber de algo que faça justiça a Pinto da Costa, abonatório, concerteza, tem mais uma oportunidade de o declarar.
Já passou a fase das denuncias anónimas no saco roto do DIAP do Porto. Agora, é remeter o conteúdo, ao cuidado do DCIAP, pedindo que seja reparado o bom nome de Pinto da Costa e elevá-lo ao estatuto que merece. Arguido por ofensa ao Benfica não é algo que se deseje a ninguém invulgar. Nem a Pinto da Costa, que é um insigne cidadão na plenitude dos seus direitos. Não pode ser confundido com um qualquer adepto do grupo de cantares do Madureira, nem ser relatado como subalterno de Francisco Marques que, por agora, parece o chefe desta história de polícias e arguidos."
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