"No momento em que esta edição chegar às mãos do estimado leitor, já o Benfica terá disputado a primeira mão da pré-eliminatória de acesso à Champions League. Nessa altura estarei longe, muito longe, do Estádio da Luz e do país, e por lá me manterei aquando da primeira jornada da Liga Portuguesa.
Seguir o Benfica à distância já não é o que era há uns anos. Então, ou só se sabia o resultado dias depois, aquando do regresso a casa; ou, na melhor das hipóteses, conseguida-se telefonar a um familiar ou amigo que nos dizia o essencial.
Hoje a internet faz milagres. Pode ver-se um jogo em qualquer parte do mundo, embora o mundo ainda não seja todo igual, nem nesse, nem em muitos outros aspectos.
Em plena Europa desenvolvida já me aconteceu ficar sem rede a meio de um Benfica - Moreirense, quando perdíamos em casa por 0-1 (um telefonema tranquilizador, mais tarde, confirmou a vitória por 3-2). E fora da Europa recordo-me também de seguir os últimos minutos de um Boavista - Benfica, com um minúsculo 0-1, numa aplicação para telemóvel através da qual só via o resultado, os segundos a passarem, e, com eles, a ansiedade de poder ver o marcador alterado a qualquer instante - sem sequer saber se a bola andava perto da nossa baliza ou não. Não sei como será desta vez. Com várias fusos horários de diferença, temo só conhecer os resultados na manhã seguinte, à semelhança do que aconteceu no ano passado coma Supertaça. Isto se conseguir dormir...
Nestas situações penso em quem, durante todo o ano, vive o Benfica desde longe. Uma experiência diferente com a mesma paixão, mas com sofrimento acrescido."
Luís Fialho, in O Benfica
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