"Deve ser a primeira vez que escrevo sobre a bola. Não gosto, não sigo, não sou "adepto". Mas, nos últimos dias, a bola irrompeu na vida pública por uma porta lateral escancarada vezes em conta. Um bando de energúmenos invadiu a "academia" do Sporting, e sovou metodicamente jogadores e equipas técnicas. O referido clube desportivo já andava a ferver por outros motivos. Suspeitas disto e daquilo, relações tensas entre os "donos" do clube, resultados aborrecidos, etc., etc., tudo desaguou na incursão criminosa de Alcochete. Proibir a existência de claques é uma decisão política que não depende da criação abstrusa de "autoridades" ou de "comissões", sempre tão ao gosto do PS, para prevenir a violência especialmente no futebol. Existe mais do que base legal penal para actuar e falar menos. A tagarelice, porém, tomou a dianteira e pretextou uma avalanche demencial acerca do Sporting, com o seu peculiar presidente lá bem no meio. O decurso do tempo transformou Bruno de Carvalho na coqueluche do clube de Alvalade, a quem não faltaram apoios para a reeleição albanesa de há escassos meses. A bola é muito parecida com a política. Não é por acaso que não há figura do regime, seja de que partido ou corporação for, que não faça uma "perninha" num clube desportivo. No Sporting isso nota-se mais que nos outros dois "grandes", mais "populares" e menos elitistas. Bruno foi olhado inicialmente com desconfiança pelos chamados "notáveis" que acabaram a arrastar-se a seus pés. Hoje, com a lamentável segunda figura do Estado à cabeça, estão todos "envergonhados", escrevem manifestos em mau português contra o homem e permitem que um tipo insuportável e soberbo como o sr. Marta Soares seja o rosto "sério" de um clube em polvorosa. A sério? A sério. Não admira que Bruno, impulsivo e acossado, estivesse uma tarde inteira a bater no ceguinho diante de uma comunicação social que o execra. Se foi ou não um "suicídio" em directo, só o tempo e os "adeptos" o dirão. Eu acho-lhe graça.
(...)"
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