"Usando algumas expressões associadas à política, no Algarve o Benfica teve uma «vitorinha» que soube a «poucochinho».
Há um bom par de anos, após umas eleições europeias ganhas, à pele, por uma lista do PS liderada por António Vitorino, o vespertino A Capital titulou: «Vitorinha». No sentido, décadas depois, António Costa referiu-se ao triunfo do PS de António José Seguro numas autárquicas falando em «poucochinho». Assim foi o Benfica no Estádio do Algarve, frente ao Olhanense, entre a vitorinha e o poucochinho, num jogo de sobressaltos que aumentou as dúvidas e não criou certezas positivas quanto ao desenvolvimento do projecto de Rui Vitória, neste terceiro ano à frente dos encarnados. O embate com a equipa do histórico emblema de Olhão, disputado num relvado sem mácula, perante uma assistência 80 por cento favorável ao Benfica, tinha tudo para ser um bom ponto de partida para novos tempos, devolvendo alguma esperança aos adeptos. Porém, para a história ficará uma rara imagem de Luís Filipe Vieira (habitualmente impassível durante os jogos) de mãos na cabeça perante o desconchavo exibicional que manteve o estado de angústia as hostes encarnadas até ao apito final de Bruno Paixão.
Uma grande prestação do Benfica no Algarve significaria que tudo passava a estar bem? Claro que não. Mas poderia sugerir níveis de confiança em crescimento; ou mostrar sangue novo, capaz de investir a espiral negativa. Nesse sentido, o Olhanense foi, para o Benfica, uma oportunidade perdida para se reencontrar. Segue-se o Manchester United, com todos os perigos para os encarnados decorrentes do facto de ser uma equipa em crise de confiança e defrontar um adversário mais bem apetrechado. Não parece crível que Rui Vitória vá enfrentar José Mourinho sem cuidados especiais no meio-campo, o que nos remete para a ausência certa de Krovinovic (não foi inscrito na Champions) e para o posicionamento de Jonas, sem dúvida o maior talento encarnado, mas que requer que a equipa se posicione em função das suas características particulares. Quanto a Douglas, que no Algarve mostrou gritante carência defensiva, o Man. United é uma prova de fogo tremenda, para o bem ou para o mal. Já Svilar, aconteça o que acontecer, deve ser protegido. Tem talento, parece personalizado, é muito jovem e, aqui chegado, o Benfica só tem que apostar as fichas todas ao guardião belga.
Ás
Fernando Santos
Os números não mentem e o registo de Fernando Santos, em jogos oficiais, à frente da Selecção Nacional é fabuloso.
Portugal, campeão da Europa, pode não passar, amiúde, da mediania na nota artística. Mas trata-se de uma das equipas mais difíceis de derrotar a nível mundial e um competidor feroz, seja contra quem for.
Rei
Lionel Messi
Finalmente Messi teve o seu momento-Maradona, carregou, na altitude de Quito, a Argentina às costas e garantiu a presença da albiceleste no Mundial da Rússia. E se Sampaoli for capaz de recuperar para o melhor onze argentino jogadores como Garay, Aguero, Higuain e Dybala, até pode ser que Messi seja (ainda) mais feliz.
Duque
Gianni Infantino
Se Messi teve, em Quito, o seu momento-Maradona, Gianni Infantino, presidente da FIFA, teve, a propósito de Messi, o seu momento-Blatter. Tal como era próprio do seu antecessor, Infantino disse ao jornal La Nacíon, de Buenos Aires, o que os argentinos queriam ouvir, esquecendo-se de que estava a falar para o mundo inteiro.
Mais 90 minutos para a 'lenda' de André Gomes
«Conforme os minutos foram passando André Gomes foi melhorando e penso que é um jogador que pode dar muito à equipa»
Ernesto Valverde, treinador do Barcelona
André Gomes tem sorte. Se, no futebol, fossem os jornalistas e os adeptos a fazer as equipas, se calhar ainda estava a jogar no Pasteleira. Como são os treinadores, é campeão da Europa e depois de ter jogado no Benfica e no Valência, está há dois anos no Barcelona. No sábado, no clássico como o Atl. Madrid, foi titular, jogou os 90 minutos e acabou elogiado pelo seu treinador...
CR7 e golo não rima mas é verdade!
Cristiano Ronaldo já marcou 410 golos, com a camisola do Real Madrid, em jogos oficiais. Por isso, para que um só golo valha manchete tem de ser, de facto, muito especial. Como foi o caso no Alfonso Pérez, frente ao Getafe, um golo à beira do fim, o seu primeiro em La Liga 2017/18, que valeu três precisos pontos ao Real...
O leão e a 'signora'
O Sporting joga a meio da semana em Turim, frente à Juventus, e tem uma oportunidade de ouro de se afirmar candidato aos oitavos de final da Champions. A vecchia signora está a atravessar a pior fase dos últimos anos, vem de uma derrota caseira com a Lazio, está a cinco pontos do líder Nápoles e a cobrança ao clã Agnelli já se faz sentir. Jorge Jesus, que já foi muito feliz e muito infeliz na Arena da Juve (tanto em resultados como nas opções) tem um mãos um daqueles jogos que pode ficar não só na sua história mas também na do Sporting."
José Manuel Delgado, in A Bola
PS: Será que o Delgado (e outros...) sabem a razão pela qual o Presidente levou as mãos à cabeça?! Terá sido um mau passe do Benfica? Terá sido um erro da nossa equipa? Ou terá sido mais uma asneira do Paixão?!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!