"Podem classificar o Benfica tetracampeão nacional como queiram. Dizer que foi o menos mau dos três grandes para tentar desvalorizar o feito histórico conseguido pela equipa de Rui Vitória - sem esquecer, contudo, que apelidá-lo de menos mau é apenas a forma mais depreciativa que encontram para dizer, por outras palavras, que o Benfica foi o melhor dos três. Vai dar ao mesmo. Porque aquilo que ninguém pode dizer é que os encarnados são injustos campeões. Não são. E o jogo com o Vitória de Guimarães, que arrumou a questão do título, foi a prova de que talvez alguns precisassem para deixarem cair esse argumento.
Não foi brilhante ao longo da época? Não. É um facto. Mas foi sempre forte (o que não quer dizer que tenha sempre jogado bem) nos jogos em que teve que sê-lo. E foi isso, bem vistas as coisas, a fazer toda a diferença nas contas finais do campeonato. Porque os outros não o foram quando deviam ter sido. Tem, por isso, todo o mérito, que não pode ser disfarçado falando-se do demérito dos outros. Foi mais competente e foi campeão. Ponto final.
Aliás, para arrumar de vez a questão basta perceber o que se passa no Dragão e em Alvalade. Podem os responsáveis, de forma mais ou menos directa, falar em erros de arbitragem e outros que tais (um argumento que, de resto, não é novo) para explicar o tetra celebrado na Luz, mas a verdade é que nem Nuno Espírito Santo nem Jorge Jesus têm presença garantida no FC Porto e Sporting na próxima época. Porque os responsáveis máximos dos dois clubes - assumam-no ou não - veem neles enormes responsabilidades na forma como deixaram a águia voar para o título. E isso diz quase tudo."
Ricardo Quaresma, in A Bola
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