"O FC Porto queria Rafa, o Benfica também. António Salvador, o presidente do SC Braga, esperou para ver, pronto a colocar em cima da mesa a sua hábil capacidade de vender bem. O vento soprava-lhe de feição. Contando com a intromissão do Zenit no processo era dinheiro em caixa, fosse qual fosse o novo clube do jogador.
O FC Porto queria Rafa porque precisava dele em plantel carecido de gente que surpreenda, além de dar um sinal inequívoco à descrente família portista de que está em marcha um projecto de recuperação da identidade perdida.
O Benfica queria Rafa porque sim, sem se atravessar muito no caminho antes de resolver outras situações pendentes no seu quadro de futebolistas.
O FC Porto queria Rafa e o presidente portista aceitou reunir-se em Vilamoura com o empresário Jorge Mendes e António Salvador no último sábado, tendo aberto a porta à ideia de eventual concretização do negócio.
Entretanto, o Benfica ainda continuava a querer Rafa e quando se preparava a passadeira para receber a 'grande contratação da época' no Dragão, fica o País a saber que, afinal, o destino será a Luz.
Não sendo uma necessidade inadiável para Rui Vitória, é, no entanto, uma derrota iniludível para Pinto da Costa e, em contraposição, uma vitória confortadora para Luís Filipe Vieira. Traduz uma imagem de força e de domínio no mercado, à semelhança dos bons velhos tempos do emblema da águia: o Benfica, quando quer, alcança!
«O Rafa terá de perceber a realidade do Benfica, que é ligeiramente diferente da do SC Braga (...) Vai ser preciso tempo, mas pode ser uma peça importante do Benfica, este ano», alertou Paulo Fonseca com sábia prudência. Pois, Rafa vai ter de pedalar muito, isso é garantido."
Fernando Guerra, em A Bola
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