Últimas indefectivações

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Começar menos bem, para acabar em grande

"Confesso que estou algo curioso, e expectável, com o comportamento da 'velha aliança' contra o Benfica. A ver vamos o que vai acontecer...

1. Depois do jogo de domingo, ... nem triste, nem revoltado. Bem pelo contrário! Eu sei que, por eles, iam já para o Marquês, em Agosto, ou para os Aliados, que já não tem qualquer festa (nenhuma mesma) há mais de 3 anos. Por mim, continuo a acreditar num campeonato para ganhar. Lembram-se como começou no ano passado? Como em tantos anos em que fomos campeões. Como em 1961/62, em 1993/94, em 2004/05 ou em 2013/14. Em todas elas começámos mal.
Numa dessas épocas começamos por empatar alguns jogos e por perder outros tantos, fora, com Béla Guttmann como treinador. Acabámos como bicampeões europeus, coisa que uns não sabem o que é e com a qual outros nem sonham... Noutra, tínhamos acabado de resistir a um dos mais ignóbeis ataques (a época dos 6 a 3, lembram-se?) e ganhámos. Já noutra dessas épocas, vínhamos de 11 anos de travessia no deserto, por culpa própria... Noutra, ainda, vínhamos de um ano em que perdemos tudo o que havia para perder!

Este ano, mais uma vez, sabemos o que queremos! E sei que só quero ser campeão, outra vez. Pela quarta vez... consecutiva! Não será, por isso, uma pequena tempestade que nos abalará. Bem pelo contrário! Porque, mesmo na adversidade, cá estaremos, enquanto adeptos, acima de tudo, para apoiar o... Maior que Portugal!


Uns sorriem em Agosto...
2. No domingo, o jogo serviu para colocar alguma lucidez na forma como todos encaramos este campeonato que, naturalmente, queremos vencer. Com a consciência de que não nos basta ser tricampeões, nem afirmar que rumamos ao tetra, para voltarmos a ganhar. Que o resultado sirva para combater algum excesso de confiança de todos nós. Só ganharemos com a mesma humildade, a sempre invocada união, o repetido apoio, uma vontade de todos de voltar a vencer. É um facto que o Benfica fez mais do que o suficiente para ganhar - sendo disso exemplo as duas oportunidades que teve nos últimos dois minutos. Como sei, como disse Rui Vitória, no final do jogo, que o Benfica não foi eficaz.
Mas o árbitro, esse é que não foi mesmo nada eficaz (ou terá sido?).
O golo do Setúbal é precedido de um claro fora-de-jogo (que, hoje, já ninguém contesta). O defesa-esquerdo do Setúbal deveria ter sido expulso devido a uma agressão tão violenta e tão desnecessária, quanto tão perto do árbitro assistente. Terá sido porque o Benfica tinha acabado de empatar e faltavam, apenas, quatro minutos para o fim do tempo regulamentar, que isso não aconteceu? E que dizer das constantes perdas de tempo por parte dos jogadores sadinos, que resultaram das frequentes lesões de que rapidamente recuperavam mal saiam das quatro linhas? Ou das repetidas e escandalosas demoras a repor a bola em jogo nos lançamentos de linha lateral, nos pontapés de baliza e na cobrança das faltas? Tudo isso e apenas quatro minutos de compensação no final da segunda parte, em vez dos oito que, no mínimo, deveriam ter sido dados.
Não podemos pactuar com esta atitude, escandalosa e abusivamente adoptada desde os primeiros minutos de jogo, através da qual tudo é permitido, sem se compensar devidamente a equipa prejudicada por essas constantes perdas de tempo. Não se trata de queixa circunstancial, mas de um reiterado alerta contra a conivência com o queimar tempo.
Além disso, uma total falta de bom sendo numa nomeação tão aplaudida a posteriori. Percebemos porquê. Se não fosse ele, Jonas seria ou andaria perto da Bota de Ouro, dadas as cinco grandes penalidades que ficaram por marcar, a favor do Benfica, em apenas dois jogos, na época passada. Também por isso, é evidente que essa não seria a nomeação ideal. Como também não era aconselhável que nos últimos três jogos do Sporting - o último da época passada e os dois primeiros desta temporada - as nomeações tenham sido, respectivamente, Hugo Miguel, Carlos Xistra e Hugo Miguel. Como não era aconselhável enviar Hugo Miguel para ensinar as novas regras aos jogadores do Benfica.
Por isso, será inevitável concluir que, ultimamente, faltará bom sendo (para ser simpático) por aquelas bandas. Falta agravada, aliás, estes dias, pelo elogio da comissão de arbitragem e aos árbitros pelo presidente de um clube, que ficou bastante contente pelo facto de termos empatado um jogo. Tanto elogio até dá para desconfiar...
Confesso que estou algo curioso e expectável com o comportamento da velha aliança. Mas como, por vezes, quando se zangam as comadres... A ver vamos! Que venha o diabo e escolha. E se o diabo não escolher, também não virá mal ao mundo por isso. Antes pelo contrário! Apesar de, uma das partes dessa velha aliança contra nós, domingo à noite, se ir queixar muito da arbitragem que tanto elogiaram nos últimos dois jogos.

Hipocrisia? Não, obrigado!
3. O assunto e os hipócritas do outro lado, não merecem mais do que esta nota. Sou do Benfica e – com excepção dos idiotas úteis – quero tanto que os outros ganhem como eles desejam que o Benfica vença. Exactamente o mesmo. Ou eu – por ser do Benfica (também reconheço que se fosse de outra equipa portuguesa, qualquer que ela fosse, uma declaração dessas seria normal) – não posso dizer o que dizem os adeptos dos outros clubes?
Se um treinador português, ao perder uma eliminatória, com o Benfica, diz que não quer saber da carreira do Benfica porque é do Porto, isso é normal. Eu é que não posso dizer o que penso, … porque sou do Benfica!
Se um comentador televisivo, que passou uma época inteira a elogiar um treinador que perdeu tudo (excepto um troféu no primeiro jogo da época), lhe atribui o título de melhor treinador do ano, isso é natural Eu é que não posso dizer o que penso, … porque sou do Benfica!
Se a ex-mulher do Presidente de um clube afirma que ele desejou a vitória da Grécia contra Portugal, no Euro 2004, sem nunca ter sido desmentida, até hoje, isso é curial. Eu é que não posso dizer o que penso, … porque sou do Benfica!
Se um presidente de um clube afirma que basta retirar o vermelho da bandeira portuguesa e «é tudo nosso», isso é banal. Eu é que não posso dizer o que penso, … porque sou do Benfica! …
É verdade que falhei uma previsão tão normal de acontecer quanto as casas de apostas a achavam muito mais possível que a oposta. É verdade que vencer contra 9 foi tão fácil como era ganhar contra 11 nos tempos do … Apito Dourado. Já mais difícil, vai ser ganhar, no próximo jogo, a atestar pelos recentes elogios às nomeações vindos daquele lado. Roma já não é o que era. E em Alvalade, vencerá o elogio recente e desesperado da dupla que, para sobreviver, tem mesmo que ganhar este ano ou quem recorreu aos métodos do Apito Dourado para invocar uma matriz de vitórias repetidas?
Como benfiquistas, sabemos qual é o verdadeiro conceito de Verdade Desportiva! Como sabemos respeitar nomeações, como a de Tiago Martins, um jovem internacional de elevada qualidade. O que não seria se esta nomeação tivesse sido feita por Vítor Pereira (então, se enviasse Artur Soares Dias para a Madeira, seria o bom e o bonito)?
Por mim, só me pronuncio sobre actuações, não sobre nomeações. Mas estou cada vez mais de acordo com o que disse Pedro Proença na sua recente entrevista ao fazer um grande elogio ao excelente trabalho feito pelo o ex-Presidente do CA. De facto, aquilo que os une (a inveja ao Benfica) é mais forte que aquilo que os separa.
Por isso, somos mesmo MAIORES QUE PORTUGAL. VIVA O BENFICA!!!"

Rui Gomes da Silva, in A Bola

Sem comentários:

Enviar um comentário

A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!