"Acabou o insuportável à condição. O Sport Lisboa e Benfica é tricampeão de futebol, no mesmo dia em que a equipa de hóquei em patins se sagrou brilhantemente bicampeã nacional e campeã europeia.
Tinha 29 anos quando vi o meu clube sagrar-se pela última vez como tricampeão, em 1977, também depois de uma recuperação notável sobre o Sporting. Ainda me recordo do (meu) primeiro título ouvido pela rádio em 1955, tinha 7 anos. Depois desse ano, guardo na minha memória os 28 (dos 35) títulos que já vivi. Todos saboreei com incontida alegria, felicidade plena e a gratidão por ter nascido benfiquista.
Mas este tri fica no pódio dos que mais estou a desfrutar. Foi ganho em condições complexas. A mudança traumática de equipa técnica, um novo treinador olhado com alguma desconfiança e sujeito a obsessiva comparação, uma derrota cinzenta com o seu rival lisboeta na Supertaça, um desaire com o Arouca no início da Liga, e as derrotas com o FCP e o SCP na 1ª volta. A que acresceram as longas lesões de Salvio, Luisão, Júlio César e também de Gaitán, Nélson Semedo e Lisandro, para já não falar na traição de Maxi Pereira.
A tudo isto, o Benfica resistiu com notável coesão e espírito ganhador, protagonizados pelo seu Presidente Luís F. Vieira, a nível dirigente e por Rui Vitória, a nível técnico. E com a insuperável crença e espírito de inconformismo dos benfiquistas. Há dois momentos particularmente significativos: o apoio incondicional à equipa quando, na Luz, perdia por 3 golos contra o SCP e a tão elucidativa como comovente ovação por largos minutos após o fim do jogo contra o Bayern.
Continua"
Bagão Félix, in A Bola
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