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quinta-feira, 19 de maio de 2016

O tri... nta e cinco!

"Com a vitória frente ao Nacional, o... 35.°!!! Tricampeões Nacionais!!! E, agora sim, como isso lhes dói... Todos sabemos como isto começou. Com a tentativa de humilhação, por quem - durante 6 anos - tinha sido um dos nossos (e como fiquei feliz por ter deixado de o ser). Para, no fim, para a história deste campeonato, ficarem os 88 pontos do Benfica, resultantes dos 88 golos marcados e os 22 golos sofridos. Mas, também, para essa história, a reta final irrepreensível, com 12 jogos e 12 vitórias. Consecutivas. O segundo classificado, vice-campeão, esse, terminou a época com 79 golos marcados e 21 sofridos... mas com 86 pontos. Muitos, mesmo, mas, ainda assim, menos 2 que... o Campeão. 
Para a história deste campeonato, fica, ainda e também, a recuperação fantástica de 7 (!!!)pontos de atraso.
Somos, por tudo isso, um vencedor mais que justo! Aquele que mais correu e que mais quis ganhar. Aquele que, efectivamente, provou ser o melhor.
Do jogo de domingo, ainda, e para além da bonita festa que se seguiu, tivemos um Jonas Bola de Prata... 32 golos e outras tantas assistências!
Factor de grande realce, e de orgulho, deste campeonato, todos e cada um dos que carregaram e empurraram, literalmente, a equipa para o sucesso, por diversas vezes, mas sobretudo nos jogos mais difíceis, numa clara demonstração do verdadeiro... colinho.
Ou seja, todos aqueles que sempre acreditaram - mesmo quando os resultados e até algumas exibições teimavam em contrariar - e que fizeram - a equipa acreditar. A união perante a dificuldade. Na luta mais unidos do que nunca e que desde cedo se percebeu que seria até ao fim.
Um título que sendo para esses, que sempre acreditaram, também o é para os que qualificavam como impossível esse objectivo. O título que é a prova que o verbo desistir não faz parte, nem é compatível, com a dimensão do Benfica. Foi, por isso, uma história que se fez, essencialmente, de coragem. E que culminou com o nascimento de uma equipa sólida, muito coesa defensivamente e especialmente eficaz no ataque. Ganhou-se, face a isso, um treinador e uma equipa, que soube sofrer, ou, dito por outras palavras, um colectivo com alma e chama imensa.
Que grande tarde de domingo, cheia de emoção e mística - a nova palavra que o grego Samaris, nesse dia, aprendeu - que se prolongou noite dentro pelo país, de norte a sul, e além-fronteiras!!!
Sem provocações ou declarações mesquinhas e sem incidentes.
Até porque o Benfica... é maior que Portugal.

Luís Filipe Vieira
1. Goste-se ou não, é um dos homens do momento e um daqueles que mais tem feito a diferença nos últimos anos, ao longo dos seus mandatos.
Um Homem, de grande carácter, que para além da grandiosa obra que construiu, tem a enorme capacidade de comandar e de governar de forma exemplar o clube.
À semelhança do que tem acontecido ao longo dos seus mandatos, este está a ser fortemente marcado por conquistas desportivas. Até porque, nem só da obra e do património construído pode viver um clube. Um clube que até há bem pouco tempo, antes da chegada de Luís Filipe Vieira ao poder, tinha ânsia de títulos e de estabilidade financeira. Luís Filipe Vieira conseguiu esse tão desejado equilíbrio, que muitos não o souberam ou conseguiram atingir. Este seu mandato também não é excepção... Também é muito dele este tricampeonato.
Desde logo, pela confiança dada ao treinador, quando muitos achavam insustentável a sua continuidade. Depois, pelo exemplo da sua postura, de nunca descer ao nível dos outros, mesmo até quando confrontado com as tentativas de desestabilização alheias, que mais não passaram de ataques desenfreados e mesquinhos.
Pela coerência das suas ideias, defendendo sempre e acima de tudo - e até de quase todos, novamente - os interesses do Sport Lisboa e Benfica.
E, ainda, pela maneira como conduziu o clube - ou o Ferrari vermelho - para o tricampeonato, fazendo com que a equipa se reerguesse, para mais ninguém a parar.

Rui Vitória
2. Rui Vitória!!! O treinador, o outro homem deste campeonato! O treinador que não é treinador, para alguns... mas que, ainda assim, veio a sagrar-se campeão!
Por tudo o que passou - provocado pela mesquinhez, pela inveja e pela mediocridade - mereceu totalmente esta conquista.
O Homem que desde cedo foi exemplo, ao rodear-se da equipa, ou melhor, dos seus jogadores.
Um líder, mas acima de tudo um grande companheiro e amigo. Aquele que foi o primeiro a defender e a valorizar todo o plantel, sem um lamento face à onda de lesões que o martirizou, a cada jornada. Um grande Homem que fez a diferença na oportunidade que deu a Paulo Lopes de se sagrar bicampeão, contrapondo-se, em termos de carácter, a quem, no ano passado, sem depender desse último resultado para nada, não foi capaz de o fazer.
Recém-chegado à Luz, prometeu dar a vida pelo clube... pelo seu e pelo nosso clube, pelo seu e pelo nosso Benfica!
E de facto... cumpriu!
Tal foi a maneira como sempre reagiu a cada adversidade.
Um homem que sempre manteve a postura e o nível, nas vitórias e nas derrotas, e que, ao contrário de outros, nunca disse mal de um colega.
E que diferença isso faz...
Um homem que sempre falou no colectivo, no nós... e não na primeira pessoa do singular, muito menos para referir eu ganhei.
Fez, por isso, das adversidades uma das suas principais armas e motivações para tratar de redefinir algumas vezes o seu caminho... o do 35.º!!! Sem que para isso fosse necessária a teimosia, a cobardia e a má educação dos últimos seis anos.
Ganhou, estou certo, o respeito e consideração dos adeptos de futebol em geral e conquistou, muito em particular, o coração de muitos (de todos, acho eu) benfiquistas.
Por tudo isso, mas sobretudo pela grandiosidade humana, pelo carácter, pela simpatia, pela humildade e pela exemplar luta que travou. Quase tão importante como essas características humanas, só o seu grande benfiquismo.
Que mística!!!
E que fantástico campeonato fez! Sobretudo pelo recorde de pontos alcançados e por outros objectivos atingidos, superando, assim, outros que se lambem, julgando-se verdadeiros rebuçados!
Só para que o recordemos... o número de pontos alcançados pela equipa (88), o de vitórias consecutivas (12 contra as 11 do treinador anterior), o de vitórias no campeonato (29 vitórias contra as 27 do outro), o de golos marcados (88 contra os 86 do tal).
Isto já para não falar que o treinador que não é treinador esteve a 7 (!!!) pontos do melhor treinador do mundo. E, sabendo todos nós como acabou, será que posso perguntar quem é que é incompetente???
Sem esquecer, nunca, a grande importância na valorização de jovens jogadores da formação.
Não é, de facto, para todos.
Parabéns, Rui Vitória.
E... obrigado! Pelo TRI, mas sobretudo pela educação, pelos princípios, pelos valores e pelo reconhecimento. À Benfica!

Os dois derrotados
3. Os maiores derrotados deste campeonato??? As 2 pessoas que, à semelhança dos seus adeptos - ainda que devidamente influenciados pelos seus dirigentes - mais valorizaram este título, por todos os jogos de bastidores e encenações feitas, quer com os conhecidos jogos psicológicos, quer com os constantes ataques e insinuações.
As mesmas 2 pessoas (ou 3 ou 4, dirá cada um dos leitores...) que, não raras vezes, mostraram que não sabiam ganhar... e, muito menos, perder!!! Mas, no futebol, como na vida, mais do que saber perder... é preciso saber ganhar!
A 25 de Outubro do ano passado - curiosamente, no dia em que o Estádio da Luz comemorava 13 anos -, e após ter ganho na Luz (0-3), ouvi alguém dizer: «era fácil pôr o Rui Vitória deste tamanhinho, mas não o vou fazer por respeito». O tal que não o qualificou como um treinador e que, por isso, não seria mau colega. O mesmo que afirmou que o cérebro tinha saído da Luz. Um egocentrismo medonho. Esquecendo-se que aquele que qualificou como não treinador tinha sete pontos de atraso à 13.ª jornada... e que mesmo assim foi campeão!!!
Não obstante terem-nos derrotado três vezes esta época, já devia saber, até pelo seu bicampeonato, que, para ser campeão nacional, é preciso muito mais.
O União da Madeira também fez resultados fantásticos com o Benfica, o Sporting e o Porto e... desceu de divisão! E nem se diga que o azar foi para uso interno, porque - eles nada ganharam.
Mas mais do que isso, a sua estratégia, sobretudo de comunicação, não passou de um grande erro - ao contrário daquilo que que nos queriam fazer crer e, até mesmo, daquilo em que eles próprios acreditavam. Afinal... a estratégia de maledicência e de insinuação não deu resultado, numa demonstração clara de que os fins não justificam os meios. Assim, pouco ou nada adiantou o facto de terem passado o ano todo a falar mal do Benfica... como se vivessem, apenas e só, de e para o Benfica.
Nada mais errado!!!
Achavam eles que a contratação (milionária!) do treinador do rival seria a salvação da pátria.
Nada mais errado.
E, agora sim, como isso lhes dói... no bolso e na alma!!!

Tri, hóquei campeão e... todos a Coimbra!
4. Que grande fim de semana!!! No passado sábado, campeões nacionais em hóquei, no domingo, campeões... europeus!
Grande Pedro Nunes, por quem o Estádio da Luz gritava, numa prova de que os treinadores também podem ser estrelas.
Mas, amanhã, todos a Coimbra!!!
Já não falta nenhuma final... para o campeonato. Mas ainda falta uma final, a verdadeira, stricto sensu. Com a certeza de que queremos conquistar mais um título, mais uma Taça da Liga (CTT), e que pintaremos, de novo, Coimbra de vermelho.
Se vencermos - como espero - será o 79.º título do Benfica. O segundo tem... 75.
Que saudades das polémicas jornalísticas sobre quem tinha mais títulos (que motivaram, até, perguntas à UEFA). Mas, agora, isso já não interessa... Mas - para registo - recordemos que a auto-intitulada maior potência desportiva em Portugal tem... 46.
A estes, não há perguntas à UEFA que lhes valham.
Quanto ao futuro...
BENFICA, BENFICA, BENFICA... DÁ-ME O 36!!!!"

Rui Gomes da Silva, in A Bola

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