"A ampliação do contrato e Jorge Jesus com o Sporting por mais uma temporada estava muito longe de constituir uma urgência. A ligação era válida até 2018 e o treinador não tinha, como continua a não ter, cláusula de rescisão no seu vínculo com os leões. Como explicar, então, a extensão do contrato? Primeira razão: a notícia tem o efeito de atenuar a desilusão em que todos os sportinguistas estão mergulhados desde domingo. Com a renovação de Jesus vira-se uma página e renasce a esperança. A verdade, no entanto, é que não pode ser este o único pressuposto a estar na base da decisão.
No final da sua primeira época na Luz, em 2010, Jorge Jesus protagonizou um processo em tudo semelhante a este. O FC Porto aproximou-se então do técnico, como agora, e a renovação acabou por acontecer, também como agora. A única diferença é que, em 2010, Jesus tinha acabado de ganhar o campeonato e agora acaba de perdê-lo. Ou seja, será preciso esperarmos mais algum tempo para que se perceba, realmente, o que mudou e até onde se estende o novo quadro de competências de JJ. Há algumas semanas que se vinha falando do desagrado do técnico pela forma como o Sporting se movimentou esta temporada no mercado de transferências e também como trabalhou a sua comunicação. Ninguém ficará muito surpreendido, pois, se for Jesus a escolher - ou ajudar a escolher - os próximos responsáveis pelas respectivas áreas.
A continuidade de jogadores nucleares foi outra das condições impostas. João Mário ou Slimani só podem sair, assim, pelo valor da cláusula. Conclusão: se o treinador - Jesus irá escolher o próximo director desportivo e o próximo director de comunicação - para além de 'definir' quem pode e não pode ser vendido -, então JJ será daqui em diante muito mais do que um treinador."
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