"Às vezes (demasiadas vezes...) Portugal é um país que não se entende. Bem diziam os romanos, há mais de dois milénios, que os Lusitanos eram um povo curioso, que não se governava nem se deixava governar. Assim continuamos...
Vem este desencantado introito a propósito da overdose de finais de provas de âmbito nacional, marcadas para hoje, a da Taça da Liga, em Coimbra e no domingo, a da Taça de Portugal, no Estádio Nacional, no vale do Jamor. Não faz sentido, não faz bem ao futebol e não prestigia os clubes que duas decisões se atropelem no interesse da opinião pública e publicada.
Sabendo-se que a final da Taça de Portugal sempre encerrou a época, quem está mal - e a prejudicar a visibilidade neste caso do FC Porto-SC Braga, como há um ano prejudicou o Sporting-SC Braga - é a Taça da Liga, uma competição que tem já um espaço próprio mas que continua a ser maltratada e desconsiderada por quem a fez nascer e dela pode fruir proventos interessantes.
Este ano o mal está feito, é irreparável e não haverá mais nada a fazer do que apontar o contrassenso. Mas, na próxima temporada, tratem de calendarizar a final da Taça da Liga para o sábado de Páscoa, data que já se mostrou, noutras ocasiões, apropriada; e tratem de encontrar datas alternativas, que contemplem eventos sem data marcada como o nevoeiro na Choupana ou o vento acima dos 40 km/h no aeroporto da Madeira, susceptíveis de atrasar jogos.
Para já, faço votos de uma grande final hoje em Coimbra e de uma festa da Taça de arromba, depois de amanhã, no Jamor. Que role a bola..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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