"O futebol português tem melhorado em muitos aspectos mas sente-se que ainda há muito por fazer. E não é por falta de regulamentação que as coisas não correm melhor. Por exemplo, uma situação que tem servido para crispar o ambiente passa pelas dúvidas levantadas, em múltiplas ocasiões, antes dos jogos, quanto aos árbitros nomeados. Trata-se de uma circunstância prevista e punida pelo regulamento disciplinar e, nem assim, os prevaricadores são punidos. Imagine-se que era dito o que tem sido proclamado sobre os árbitros no contexto de uma competição europeia de clubes. A mão seria célere e pesada. E é por isso que ninguém pia em relação às escolhas da UEFA, deixando os árbitros mais à vontade e o ambiente desanuviado...
Mas há mais: está indicada uma nova equipa para o Conselho de Disciplina da FPF, liderada por José Manuel Meirim (boa sorte!) que deverá ser diferente, pela pedagogia, daquela que agora se despede. Teria sido do interesse comum que fossem explicadas à opinião pública as razões jurídicas que levaram, por exemplo, a que a terceira expulsão da época de Jorge Jesus tenha sido punida com um punhado de euros; e que Petit, também expulso, tenha apanhado 25 dias de suspensão. Não alinho, por um instante, em teorias da conspiração, nem em influências estranhas. Mas tenho a firme convicção de que os adeptos merecem ser esclarecidos, com frontalidade, por quem toma as decisões.
Derradeira questão: será que na próxima época a Liga vai fazer alguma coisa no âmbito do controlo de qualidade dos relvados? O estado de calamidade pública devia ser decretado..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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