"1. Pois. Escrevi a semana passada: "(...) quando o ambiente tem tendência para ferver, há sempre um possível megafone de clube para inflamar o que apenas deveria ser e é um jogo de futebol. Se algo acontecer, o portador do megafone estará escondido. Mas é bom que, nessa hora que nunca se deseja, todos se lembrem desse megafone e dos seus manipuladores na sombra". Depois do que aconteceu domingo - para além da confirmação de um certo 'modus vivendi' português -, cometidos erros e analisados os detalhes, avultam novamente as solicitações de providências, medidas regulamentares, legalização, sensibilização, formação e requalificação de tudo e a todos em matéria de violência associada ao fenómeno desportivo. Pois. Sem "megafones" irresponsáveis durante a semana e sem imagens lançadas a eito sobre a multidão festiva, sente-se que talvez não tivesse acontecido. Mas sentia-se que poderia acontecer algo desse ou até de género pior. Um dia pode ser mesmo dramático num jogo de maior tensão ou em qualquer outra celebração. A marginalidade está no futebol como está no país e, por isso, todos os rastilhos são dispensáveis. Nesse dia os indutores estarão novamente escondidos a assobiar para o lado.
2. Pois. Em Fevereiro escrevi: «Nesta armadilha da candidatura à FIFA [Luís Figo] foi feito marioneta de um palco montado por Michel Platini, Fernando Gomes e os restantes mentores e influenciadores do grupo de assalto à UEFA (e 'à FIFA depois de Blatter'). Luís Figo não tinha qualquer necessidade de passar por figura terciária em peça de teatro alheia». Tendo avançado, desistir esta semana antes de ir a votos e conhecer o seu peso eleitoral não enobrece a posição e a reputação de Figo. No fim, ainda que perdedor mas coerente, marcaria a sua posição, também para futuro. Agora ficou sozinho e, como se esperava, sem a companhia dos seus 'conselheiros' (?!) e companheiros de viagem. Tendo em conta a potencialidade de Figo, foi um desperdício. Excepto para quem já ganhou e ainda ganhará com o seu sacrifício.
3. Pois. Uma vez mais os salários em atraso no futebol profissional atacam no final da época, no momento mais delicado das tesourarias dos clubes. É imprescindível uma outra lógica de vigilância durante a época e impedir as fraudes que colocam em causa a veracidade das competições. E mais uma vez há os clubes em que tudo se sabe e os jogadores reagem mas continuam a correr denodadamente, e os (outros) clubes em que pouco ou nada se sabe e os jogadores reagem como podem... Pois, um clássico deste futebol!"
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