"Na semana passada escrevi que Lopetegui é um treinador 'by the book', que segue as regras estabelecidas, enquanto Jesus é um 'self-made man', que criou as suas próprias regras. Por coincidência, ou não, Jesus disse depois do jogo com o Braga: 'A metodologia de treino fomos nós que a criámos, não vem nos livros'.
Estas maneiras diferentes de estar no futebol reflectem-se nas respectivas equipas. O FC Porto joga muito bem mas não muda de registo, o Benfica é capaz do melhor e do pior.
Depois do jogo com o Basileia, em que o FC Porto fez uma soberba exibição, pensei: esta é de longe a melhor equipa portuguesa do momento. Mas depois da categórica prestação do Benfica contra o Braga, e da pobrezinha exibição do FC Porto contra o Arouca, todas as certezas voltaram a cair por terra.
Uma coisa pode dizer-se: o FC Porto cria poucas oportunidades de golo para a quantidade de jogo que produz. Repare-se que os quatro golos contra o Basileia resultaram de remates fora da área. E além disso não houve muito mais oportunidades.
O Benfica está no polo oposto: cria muitas oportunidades mesmo quando não joga nada. Pela dinâmica que cria no ataque, o Benfica consegue meter frequentemente 4 ou 5 jogadores na área, enquanto o FC Porto às vezes não tem lá nenhum.
Com estas características tão diferentes, tudo pode acontecer no clássico da Luz que vai decidir o campeonato. E, a propósito, note-se o seguinte: até lá o Benfica pode perder 2 jogos ou empatar três e anda fica só a depender de si próprio.
Já vista a questão do lado do FC Porto, basta o Benfica empatar um jogo para não depender de ninguém.
Por aqui se vê como o Benfica-FC Porto será decisivo. Quem o vencer será campeão."
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