"De um lance, no mínimo, duvidoso, na grande área do Moreirense, em que uma grande penalidade poderia ter sido assinalada a favor do Benfica, gerou-se a discussão em torno do pontapé de canto do qual viria a resultar o primeiro golo 'encarnado'.
É um facto que, a não haver falta sobre Salvio, que houve, deveria ter sido marcado pontapé de baliza. Mas daí até se colocar em causa a vitória benfiquista, vai uma grande dose de azia e patetice. Só o desespero dos adversários do Benfica poderá explicar a celeuma após o jogo. Depois das críticas infundadas ao mau posicionamento do árbitro assistente que invalidou correctamente, por fora-de-jogo, uma jogada do Rio Ave na Luz, mais uma originalidade da tribo anti-benfiquista.
Luisão, com uma execução digna de pertencer aos manuais de como bem cabecear uma bola em direcção à baliza, foi o autor do golo em questão. No entanto, o destaque que lhe dedico prende-se com outra razão.
O defesa central mais goleador da história do Benfica a seguir a Humberto Coelho (43 golos), passou a partilhar, com Veloso, o segundo posto do ranking de jogadores que mais vezes capitanearam a equipa principal do glorioso. Foram já 322 as partidas em que usou a braçadeira de capitão, estando perto de alcançar Coluna, o 'capitão dos capitães'. O sucesso benfiquista recente passa, também, pela liderança de Luisão, serena nas conquistas, fundamental na reacção às adversidades.
Nota final para a conquista do Campeonato Nacional de Atletismo em pista coberta pelo quarto ano consecutivo. A hegemonia benfiquista na modalidade é uma realidade inquestionável que se deseja e prevê duradoura."
João Tomaz, in O Benfica
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