"Acabada a época futebolística a nível de clubes, vem aí, em todo o seu esplendor real e onírico, o convencionado defeso: catadupa de notícias assim e assado, declarações de amor incondicional de quem assina contratos, Torres de Babel que a globalização, o dinheiro e a ilusão sempre constroem no imenso mar de comissões, de cláusulas e de divisões de direitos desportivos e financeiros. E iremos, por certo, continuar a constatar que qualquer promissor jogador português é olhado com desconfiança e baixo retorno de intermediação, enquanto qualquer badameco vindo da Patagónia, Cartagena, Monterrey, Alexandria ou Split será um craque de fazer tremer de medo os outros clubes.
Bem, deixemos por agora e defeso, e detenhamos-nos em curtas notas (nacionais e europeias) sobre a época ora finada e a que aí vem.
Por cá, o mapa do futebol vira mais nortenho e menos sulista: desceu um do sul (Olhanense), subiram 3 do norte (Boavista, Moreirense, Penafiel). A cidade do Porto volta a ter mais do que um clube e a cidade de Lisboa faz o pleno, o que há muito não acontecia. Para além do SLB, SCP e Belenenses, haverá na 2.ª Liga o Atlético que afinal não desce e o Oriental que sobe saborosamente e com mérito. os distritos de Porto, Lisboa e Braga concentram 13 dos 18 clubes da 1.ª Liga.
Lá fora, a grande novidade é o facto inédito de dois colossos não irem a nenhuma competição europeia: Milan AC e Manchester United. Mas, invertendo o adágio popular, não há senão sem bela, pelo que estes clubes, com menor desgaste, podem vir a vencer os seus campeonatos. Ausente vai estar também o Valência agora opado por um ricalhaço."
Bagão Félix, in A Bola
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