"A notícia surgiu na semana passada, o Presidente do Benfica foi castigado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, na sequência de incidentes ocorridos no final do jogo com o Sporting, no passado dia 26 de Novembro de 2011. O Castigo implica uma suspensão de 45 dias e uma multa no valor de 2500 euros.
Quem tem obrigação de fazer justiça levou oito meses para ditar uma sentença contra o Presidente do Benfica. Sentença que surge na sequência de um jogo em que adeptos do Sporting deliberadamente incendiaram uma bancada do Estádio da Luz, depois de mais uma derrota e após declarações deliberadamente incendiárias por parte de dirigentes do Sporting.
Um provérbio latino dizia “Quod licet Jovi non licet bovi” – o que é permitido a Júpiter não é permitido ao boi. Ou seja, o que é permitido a uns não é permitido a outros, daqui decorre que muitas coisas são permitidas ao boi que não são permitidas a Júpiter. Longe de mim estar a comparar um presidente do Benfica (seja ele qual for) a Júpiter, mas não posso ignorar que a uns foi permitido tudo – incendiar ânimos, incendiar um estádio, colocar em risco a vida de terceiros, agredir bombeiros e impedir a prestação de auxílio – e a outros não foi permitido protestar contra uma arbitragem vergonhosa (mais uma). Com esta espécie de justiça da lavra da Federação Portuguesa de Futebol do senhor Fernando Gomes, o que se conseguiu foi colocar uma ignomínia em cima de um acto criminoso. Ou seja, deliberaram uma ignomínia em cima de outra. Nenhuma das duas é inocente.
Perante isto, resta recusar. Recusar e não transigir. Recusar qualquer apoio pedido por cristãos-novos da verdade desportiva. Não transigir, em nome de desculpa alguma, para com aqueles que, independentemente dos sorrisos com que nos pedem apoio, escondem na agenda o desejo de nos derrotar."
Pedro F. Ferreira, in O Benfica
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