"O dia em que Pedro Proença chegue ao fim da carreira, por uma questão de limite de idade, será um bom dia para o futebol.
Nesse dia, deixaremos de correr o risco de ver o Proença decidir campeonatos e finalistas da Taça. Proença traz-me à memória um jogo em Penafiel, em 2004-05, em que decidiu ignorar quatro grandes penalidades contra o clube da casa. Perdemos o jogo. Duas épocas antes, no Bessa, decidiu não assinalar duas grandes penalidades escandalosas. Foi um jogo que se tornou memorável pelos piores motivos. Também em 2003-04, optou por assinalar uma grande penalidade contra o Benfica, num jogo frente ao Sporting, numa mal-amanhada simulação de Silva. Em 2008-09, aos setenta minutos de um jogo no Dragão, assinala mais uma inexistente grande penalidade contra o Benfica. Esse penalti deu o empate e a vitória no campeonato ao FCP. Esta época, entre outros espectáculos deprimentes, Proença foi o árbitro em Braga, no famoso jogo terceiro-mundista dos apagões. Conseguiu ser mais reles do que os cirúrgicos cortes de energia no Estádio: assinalou um discutível penalti contra o Benfica, ignorou duas agressões de futebolistas adversários a jogadores nossos e saiu do estádio com a sensação do dever bem cumprido. Foi com arbitragens destas que se chegou à singular situação de o Benfica nunca ter vencido um clássico ou um derby apitado pelo referido árbitro e de o FCP nunca ter perdido nenhum clássico ou derby com esse senhor a apitar.
É, assim, normal, que o dito árbitro se tivesse prestado a fazer a figura que fez na festa do título do FCP. Aliás, no futebol português, a banalização do compadrio é normal e chega a ser premiada com nomeações para apitar em competições internacionais. Outras vezes, é premiada com fruta para dormir… mas isso já são outros quinhentinhos."
Pedro F. Ferreira, in O Benfica
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