"Já aqui falei da Liga de Honra que é o nome com que a intelligentsia do futebol consagrou a popularmente designada 2.ª Divisão. Uma Liga que, entre a oficialidade janota e o vernáculo perene, adopta também um nome comercial, a Liga Orangina.
A intensa disputa e o equilíbrio que, por regra, perpassam por esta Liga sempre me despertaram interesse. Afinal, o sal do futebol está na imprevisibilidade e na incerteza. Há muitos jogos deste campeonato com interesse e qualidade superior a muitos da Liga principal. Este ano, para não fugir à regra, temos uma luta entre vários clubes que, por certo, durará até ao gongo final.
Outra evidência desta Liga é a sua acentuada geográfica. Nesta época, é praticamente assente que as equipas a promover serão do distrito de Aveiro (o meu, logo a minha preferência), do Porto ou de Braga. Aliás das 16 equipas desta Liga, doze (75%) são de Aveiro para cima (incluindo ainda o único aqui o único representante do interior, Sporting da Covilhã). As restantes quatro são do Centro (Fátima), Açores (Santa Clara) e de Lisboa (Belenenses e Estoril-Praia).
Uma concentração que, apesar de tudo, na 1.ª Liga ainda está longe de acontecer (5 do Norte, 4 do Centro, 5 do Sul e 2 da Madeira).
Acho que as regras de promoção deveriam ser alteradas. Três e não duas equipas a subir e descer entre as divisões. Nos actuais termos, acaba por se premiar a atitude defensiva de não descer, em vez de se empolgar o objectivo de subir.
Aliás, na II Divisão (em bom rigor ordinal, a terceira) chega-se ao absurdo de haver três zonas cujos vencedores jogam depois entre si para eliminar um (em até já aconteceu ser a equipa melhor classificada durante todas as jornadas!)."
in A Bola, Bagão Félix
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