"Hoje se saberá a outra equipa portuguesa que disputará a final da Liga Europa com o mais que provável FC Porto.
Tenho ouvido benfiquistas temerosos dizerem que mais vale o (actual) Benfica ser eliminado pelo Braga, para não disputar a final com o (actual) Porto.
Esta asserção é manifestamente infeliz e incompatível com o código genético do Benfica. Claro que uma pessoa com o mínimo de objectividade (o que para um adepto ferrenho nem sempre é fácil) antevê dificuldades nessa tal hipotética final. O Porto atravessa um momento ímpar de autoconfiança e capacidade ganhadora que, por certo, lhe confere um estatuto de favorito.
Todavia, uma final é sempre um jogo peculiar e especial. Nem sempre o mais favorito vence, como se pode observar na história das finais europeias. Aliás, também entre nós, nos clássicos e nos derbies, assistimos, não raro, à vitória da equipa que naquele momento se apresentava pior.
Recordo, a propósito, a final da Taça de Portugal em 2004 em que o Benfica de Camacho foi capaz de derrotar o Porto de Mourinho, campeão nacional e europeu. Ou, ao invés, a vitória do Setúbal no Jamor sobre o recém-campeão nacional Benfica no ano seguinte.
Acredito que, caso o Benfica seja finalista (se ultrapassar um notável SC Braga...), Dublin vai assistir a um jogo memorável, numa atmosfera diferente de um jogo doméstico, com uma motivação incomparável de todos os jogadores e com um arbitragem isenta e não condicionada.
Depois no fim se verá, sabendo-se que só uma das equipas pode levantar o troféu. O meu prognóstico, caso se venha a disputar essa final, é 1 ou 2, riscando, claro, o X do empate e... não sabendo se é um Benfica-Porto ou um Porto-Benfica."
Bagão Félix, in A Bola
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