"Foi a 13 de Maio de 1960. À atenção dos crentes? Dos crentes e dos não crentes, mas sempre dos crentes no Benfica. Foi a 13 de Maio de 1960. Após uma batalha jurídica sem paralelo, a Federação portuguesa de Futebol decidiu que um jovem moçambicano, de nome Eusébio, era oficialmente jogador do Sport Lisboa e Benfica.
Passou meio século. A data tem um enorme peso no historial vermelho. Já alguém pensou o que seria ver o nosso Eusébio de camisola trocada anos a fio? Fiel ao compromisso com o Clube, Eusébio não vacilou durante meses, altura em que se esgrimia o mais longo embate de sempre entre o Benfica e o Sporting. As tentativas para desviar o jogador da rota rubra foram muitas. Decisiva, desde logo, a palavra da mãe, D. Elisa, a quem o Benfica tanto deve. Depois? Depois, o País virou 'eusebiomaníaco'. O Benfica cresceu disparadamente em popularidade, quer a nível doméstico, quer no contexto internacional. Eusébio e Benfica, Benfica e Eusébio confundiram-se sempre. O maior jogador de todos os tempos emprestou dose substancial para o carisma que carecteriza a maior agremiação desportiva portuguesa. O maior jogador de todos os tempos emprestou dose substancial para a condição de clube mítico que o Benfica ainda hoje transporta.
Foi a 13 de Maio de 1960, escassos dias antes da primeira vitória na Taça dos Clubes Campeões Europeus, ainda sem o concurso de Eusébio. Daí para a frente, a maravilhosa máquina de sonhos cresceu mais ainda. Cresceu muito mais. Cresceu tanto que até virou lenda. Sempre com a majestade de Eusébio."
João Malheiro, in O Benfica
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