"Nuno Ribeiro acabara de entrar para jogar os últimos minutos do Benfica-Naval. Quis o destino ( a sua capacidade) que marcasse o 4º golo encarnado e o 200º da Liga. Seguiu-se um momento humanamente muito rico e denso que escasseia no futebol. O jogador emocionado olha para os céus iluminados para a Luz (no duplo sentido) e reencontra-se com o seu Pai num misto de sentimentos que os seus olhos lacrimejantes expressaram: gratidão, ternura e felicidade. Mas ao mesmo tempo, com a dor da saudade e toda a carga emotiva do que ela significa: a presença da ausência.
Também fiquei enternecido e feliz. Emocionado, mesmo. Escrevi Nuno Ribeiro, seu nome de família e não Nuno Gomes, seu nome futebolístico. Porque naquele momento foi mais o primeiro que o segundo. Ou melhor dizendo, os dois, numa simbiose perfeita entre filho e o profissional. Entre o homem atleta e o atleta homem.
Nuno Gomes é merecedor do reconhecimento dos benfiquistas. Vai na sua 11.ª época, dignificando a camisola encarnada, coisa rara onde a norma é os clubes serem placas giratórias monetárias pouco dadas a afeições de coração.
Nuno Gomes está perto de terminar uma carreira imaculada. No fim, descontadas as nossas (e dele) naturais lamurias por um qualquer golo falhado, fica o profissional exemplar, dedicado, persistente, eficiente, simples, com sentido ético. A ele devem os benfiquistas momentos de exultação e de magia.
Nuno Gomes merece estar entre os grandes atletas que viveram no Benfica e pelo Benfica. Não se limitaram a passar por ele, qual cometa fugidio. Tem sido uma estrela que simboliza o melhor do Benfica. Pela minha parte, o meu obrigado ao Nuno Gomes e sentido abraço ao Nuno Miguel Ribeiro!"
Bagão Félix, in A Bola
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