"Está na altura de o debate sobre o estado das finanças públicas chegar também ao futebol. O melhor exemplo da irresponsabilidade nacional foi o Euro’2004.
O estádio de Coimbra custou 40 milhões de euros, recebeu apenas dois jogos do Euro e nem os concertos ali realizados chegam para cobrir os custos. A Câmara cedeu o estádio à Académica, que vai gastar este ano 450 mil euros só com a manutenção. O clube gostava de construir um estádio mais pequeno e mais barato. Os encargos com o estádio de Braga são de 6 milhões anuais, cerca de 6 por cento do orçamento da autarquia, e não tem lugares suficientes para receber o Mundial. O do Algarve custa, todos os anos, às câmaras de Faro e Loulé, 2,1 milhões em pagamentos à banca e 1 milhão em manutenção. É usado como parque infantil e não serve para o Mundial.
Procura-se um comprador para o de Leiria, que suga à Câmara 8 por cento do seu orçamento. Um jogo normal em Aveiro dá em receita um terço do que custa. E há quem proponha a demolição deste elefante branco. As câmaras que se meteram nesta aventura pagam, por ano, mais de 13 milhões de euros à banca e gastam um total de 20 milhões.
Quando nos envolvemos neste desastre, havia uma minoria absoluta que contestava a realização do Euro. Ainda me lembro dos epítetos que lhe estavam reservados: miserabilistas, elitistas, do contra. Agora o clamor popular é outro e anda tudo à caça dos culpados pela nossa situação. Eu digo quem são: todos os que, por megalomania, aplaudiram esta aventura. Que no estado em que estamos esteja em cima da mesa uma candidatura, mesmo que ibérica, a um Mundial, já raia a estupidez. Será que nunca aprendemos com os erros?"
O estádio de Coimbra custou 40 milhões de euros, recebeu apenas dois jogos do Euro e nem os concertos ali realizados chegam para cobrir os custos. A Câmara cedeu o estádio à Académica, que vai gastar este ano 450 mil euros só com a manutenção. O clube gostava de construir um estádio mais pequeno e mais barato. Os encargos com o estádio de Braga são de 6 milhões anuais, cerca de 6 por cento do orçamento da autarquia, e não tem lugares suficientes para receber o Mundial. O do Algarve custa, todos os anos, às câmaras de Faro e Loulé, 2,1 milhões em pagamentos à banca e 1 milhão em manutenção. É usado como parque infantil e não serve para o Mundial.
Procura-se um comprador para o de Leiria, que suga à Câmara 8 por cento do seu orçamento. Um jogo normal em Aveiro dá em receita um terço do que custa. E há quem proponha a demolição deste elefante branco. As câmaras que se meteram nesta aventura pagam, por ano, mais de 13 milhões de euros à banca e gastam um total de 20 milhões.
Quando nos envolvemos neste desastre, havia uma minoria absoluta que contestava a realização do Euro. Ainda me lembro dos epítetos que lhe estavam reservados: miserabilistas, elitistas, do contra. Agora o clamor popular é outro e anda tudo à caça dos culpados pela nossa situação. Eu digo quem são: todos os que, por megalomania, aplaudiram esta aventura. Que no estado em que estamos esteja em cima da mesa uma candidatura, mesmo que ibérica, a um Mundial, já raia a estupidez. Será que nunca aprendemos com os erros?"
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