Últimas indefectivações

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

EUROTOSTÕES

Dos satélites paus mandados
Dos artistas emprestados.

Dos salários atrasados
Dos favorzinhos aprazados
Dos promíscuos cozinhados

E assim desanda o futebolzinho aldrabado por esse Portugal de campos despovoados.
A Federação, e a Liga, ajudantes da cozinhada, lá se vão distraindo, pança recheada, em bocejada regalados.
O Governo de um Laurentino não sei quê, assobia descansado, vai lançando o bitaite desgovernado.


O clube condenado por corrupção tentada, granjeia favores e apoios, de formas várias e bastardos feitios.
Faz acordos de batota com serviçais sempre prontos e tintureiros, na tentativa de asfixiar o maior e melhor clube de Portugal e o Maior Clube do Mundo no número de Sócios.
Os serviçais migalheiros - a única coisa que lhes resta e que cai da mesa do amo - vêem-se depois aflitos para silenciar a malta interna, berram que não há solidariedade, não se entendem nem nunca se entenderam depois de que os descendentes dos visconde falidos fizeram seguir o clube diferente pelo mesmo caminho.
Eufemisticamente, tenta corromper árbitros, auxiliares de árbitros, avalistas de avaliações combinadas e trocadas, observadores de vesgueira comprovada.
Semeia treinadores de boné mesureiro, artistas de mal-dizer, com fogo de artifício brejeiro e mudez manhosa, e santos da casa de paciência empenhada.
Anuncia compras vespertinas de avivamento lambujeiro.
Oferece alvíssaras a salários em atraso e deixa speakers paus mandados babujentos.
Empresta mercadoria apodrentada em stock guarnecido e destinado à pagadoria das indulgências.

O empréstimo é sui generis. O emprestador entra com os milhões da compradoria e entra com os milhões da manutenção, agora em suaves prestações mensais mas sem aval de pagamento garantido.
Não, não se cansem, o empréstimo é oneroso, a pagadoria compensatória salda-se em campo, no trabalho não, mas na preguiça que os acolhe.

O corrupto por tentativa tem um armazém recheado. Dezenas de peças do passado, mais umas tantas anunciadas e já prometidas ou compradas!
Suas necessidades básicas consomem 24 ou 25, o que resta do rebanho coloca no banco dos favorecimentos.

Depois a compensação. Este ano, o calendário assim ditou. Jogada sim, jogada sim, o compadrio costumeiro, ora em azafamadas pelejas ao que chamam de mouriscada, ora em santificadas pachorrentas de lassidão e desleixamento.

Os artistas do pagode são tacticamente programados pela cor. Vermelho em bandarilha, seu teclado pernilongo e peitudo investe furibundo, nunca se cansa, nunca descansa, nunca rebimba de tanta arfadura. Às tantas, nem os ferros da faena os desconsolam, eles se zurrem de domínio avassalante … mesmo que sem remate e sem proveito.
Proveito, bastas vezes, da orquestra do apito, desafinada mas bastante elogiada pela camarilha avençada. O mestre batuteiro só recompensa com dinheiro, e farto, não os costumeiros quinhentos, que isso agora nem um cego consegue mandar tocar, assim buzinou Mortágua.
Para o ex-conselheiro, o suposto envelopado era só uma tontice. Tão mal embrulhado, nem aquecia o paciente de aconselhamento familiar tão necessitado.

E por ai se ficam os artistas!
Rotos e esfarrapados na peleja e na proeza, gastos bites e rebites do software sempre encartado, esgotada sua memória de caracol em lavagem cerebral, seu atavismo embrutece.
Esvaem-se os volts, amperes e resistências das canetas.

E chega, enfim a peleja patronal!
Infectados de vírus, não formatados por inerência e conveniência, encolhem-se seus cérebros atamancados. De baterias em baixo, seu alento é a soneca.
De memória baralhada e sistemas abrutalhados da virose, o arraial reinadio de benesses resgata o favor e reembolsa o compadrio.

Há artistas sonolentos, abrindo a boca, indolentes, cansados da pasmaceira dos minutos que não findam, mesmo sem salários atrasados, que jardim em ilha florida tem dinheiro dos contribuintes sempre atento.
Todavia, há sempre alguém que diz não! Julga-se apanha bolas do arraial, quer que seja sua, antes que atardeça. Está-se nos descontos mas o artista é medroso, não quer que o corrupto ganhe e, sem bola, pensa o tresloucado, não há ganhos p’ra ninguém. E toca de agarrar nela mas para casa lha não deixam levar...
Tontinho, nem se lembra do compincha aprazado e do árbitro apadrinhado.

Ele há outros tão sonâmbulos que já nem sabem quem são os seus correligionários, os verdadeiros. Os da mesma cor? Do mesmo patronato? Que recebem do mesmo saco?
Que grande chatice. Toma lá a bola, marca o golo, salva o teu e meu quinhão, temos de receber o milhão do salário, não apenas o tostão.
Coitaditos, não sabem em que baliza o sortudo marca o golo.
Nem querem saber!
E o milhão muitas vezes sem aparecer!

Há os que se esquecem da baliza que defendem e daquela em que devem marcar os seus golitos. Qualquer uma serve.
E marcam o seu golito, muitas vezes um golão!
Só não sabem que estão virados ao contrário!
De soneca refastelados, sabem lá eles se estão de frente ou de costados!

Os salários em atraso não são um flagelo. Há sempre um benemérito, conquanto condenado corrupto por tentativa, que promete. Promete ou compra por uns tostões um jogador, o menos mau da companhia, apresenta meia dúzia de milhares – os milhões já só existem no banco (da Suíça?) mas são deste e não do promitente das promessas – distribuem, quando distribuem, uns tostões a cada um.
E abram alas de agradecimentos infinitos, p’ró ano damos mais uns cobrezitos!

Salários em atraso e jogadores emprestados à borla são alas de namorados!
São vitórias escancaradas sem canseiras escusadas!
Favorecimentos prometidos de benesses enriquecidos!
Speakers louvaminhas ao papa, embebecidos, cantilenas laudatórias e jogadores enternecidos!

E os salários congelados, eternamente atrasados!
Apesar das promessas do novel conselheiro familiar já sem cheta p’ra gastar!


Mais a sério, a promiscuidade é enorme e começa a fazer eco na imprensa. Na mais descarada, abertamente, na encapuzada, por vezes um fura-greves de zelo, dissimuladamente.
Podemos ler, com todas as letras, que certos comentaristas se interrogam dos porquês.


Em Portugal, não se passa nada, é uma festa, festarola, sem público a assistir mas com os trombones, os lacaios do foguetório e os bombos, definhados em busca de migalhas salvatéricas que os afundam nas divisões de baixo ou nas distritais.

Em Inglaterra, Mourinho viu-se em palpos de aranha quando, a meio de uma época, o acusaram de ter uma conversa com jogador de outro clube.

Em Portugal, é o que se vê … e que se sabe!
Compadrio, corrupção, árbitros comprados.
Classificações alteradas por conveniência.
Justiça desportiva a actuar aos solavancos.
Verdade desportiva há muito fugitiva deste lodaçal.
Público a emigrar dos estádios.
Portugal a baixar no ranquing europeu e mundial
A batotice a alastrar.
Os responsáveis a dormir e a sonhar
E a indústria do futebol a definhar.

Organizar Campeonato do Mundo?
Portugueses, nem pensar!

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