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domingo, 3 de agosto de 2025

Mundial enriquece Brasileirão


"Os clubes brasileiros levaram o Mundial de Clubes muito mais a sério do que os clubes portugueses porque têm mais fome de competição com os maiores gigantes do futebol europeu, com quem Benfica e FC Porto, no caso, se encontram ano após ano, sem novidade, nas competições do Velho Continente.
E, por outro lado, porque, por causa desse relativo desconhecimento, sabiam que a prova norte-americana serviria de montra para exporem os principais talentos locais.
Os maiores negócios de águias e dragões neste mercado, Álvaro Carreras e Francisco Conceição, foram concluídos independentemente da prestação do lateral espanhol e do extremo português no Mundial. O mesmo Mundial, pelo contrário, foi essencial para o equilíbrio orçamentário de Flamengo, Fluminense, Botafogo e Palmeiras em 2025 e até nos anos vindouros.
Comecemos pelo verdão que negociou o dinâmico e habilidoso médio colombiano Richards Ríos precisamente para o Benfica por 27 milhões de euros, fora objetivos. Foi a quinta maior venda do clube, só superada pelas das jóias teens Estevão, para o Chelsea, Endrick, para o Real Madrid, e Vítor Reis e Gabriel Jesus, para o Manchester City. Ríos não era um jogador incógnito, mas o à vontade demonstrado nos EUA tornou-o uma certeza.
O Fla, mesmo investindo incríveis 43 milhões de euros neste verão (no Brasil é inverno, na verdade), arrecadou quase 45 milhões pós-Mundial com as transferências dos internacionais brasileiros Gerson (Zenit) e Wesley (Roma), também dois jogadores já no radar europeu, mas que se emanciparam de vez internacionalmente na nova prova da FIFA.
Por sua vez, o Flu negociou por 20 milhões para o Wolverhampton, de Vítor Pereira, um dos melhores jogadores do subcontinente sul-americano desde há umas três épocas, Jhon Arias, quase um mistério ainda na Europa.
O fogão, entretanto, somou 38 milhões com a negociação de três atletas nucleares que se destacaram nos relvados norte-americanos: o atacante Igor Jesus e o defesa Jair foram, por 20 e 12 milhões respetivamente, para o Nottingham Forest, de Nuno Espírito Santo. E Gregore, por seis, para o Al Rayyan, do Catar.
Com os quatro cavaleiros brasileiros do Mundial enriquecidos, enriquecerão também os rivais, em quem eles necessariamente investirão a seguir à procura de substitutos.
Num momento em que dos Estados Unidos só chegam notícias preocupantes e ameaçadoras para todos os setores da economia do Brasil — Donald Trump decidiu-se por um tarifaço de 50 % ao país por razões políticas e ideológicas —, o Mundial de Clubes americano surge como oásis para as finanças dos clubes. Por isso, no Brasil já só se pergunta quando será o próximo."

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