"Na forma, Pedro Proença falta bem e dá abraços a toda a gente. Na substância, foi um mau árbitro e é um mau dirigente.
Segundo ele, nenhum clube vale mais que a sua triste liguinha. Vale, sim. E não só o Benfica, como Sporting e FC Porto também. Talvez até SC Braga e Vitória SC. O país tem excelentes jogadores, tem excelentes treinadores e tem equipas que fazem milagres na Europa. O que deita o futebol português abaixo? Quais são os principais problemas? A fraca arbitragem (onde esteve Proença) e a miserável liga (onde está Proença) - que nivela tudo por baixo e promove uma marcha de fantasmas sem identidade, sem história, sem massa crítica, por vezes sem instalações condignas, com capital sabe Deus onde, com propósitos sabe Deus quais, que intoxica o nosso campeonato até o tornar totalmente irrelevante para lá de Badajoz.
A quem interessa um Casa Pia - Moreirense? Ou um AVS - Arouca? É fácil responder à pergunta. Mas ninguém parece querer fazê-la.
Acredito que a Liga podia, de facto, valer bastante mais, mas só alterando radicalmente os seus quadros competitivos, e promovendo uma primeira divisão adequada à dimensão social, cultural, económica e demográfica do país. Por exemplo, com oito clubes a quatro voltas, multiplicando os clássicos e os jogos verdadeiramente interessantes, congregando meios e não penalizando os emblemas que competem nas provas internacionais, que formam e vendem grandes jogadores, que suscitam a atenção da larga maioria dos adeptos, e que não têm de partilhar a riqueza que criam com o desfile fúnebre que é o resto do campeonato. A solidariedade existe para com pessoas. Não tem de existir para com entidades pseudodesportivas, sem qualquer interesse desportivo ou social.
Centralização? Sim, mas só com uma redução drástica do número dos seus beneficiários."
Luís Fialho, in O Benfica
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