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domingo, 5 de maio de 2024

Ligar o que é preciso


"O Sporting vai renovar com Coates por mais um ano e fará bem

O Sporting renova por mais um ano o contrato com Sebastián Coates e provavelmente faz bem. Além da competência que o central uruguaio de 33 anos ainda mostra no campo (e são inúmeras as provas de que um futebolista moderno que se cuida bem pode esticar a carreira), ele representa muito mais para o clube treinado (ainda) por Rúben Amorim. Coates é titular e o capitão da equipa e está em Alvalade desde a temporada de 2015/2016, tem personalidade e estatuto que fazem dele uma referência no e do Sporting, com tudo o que isso representa de importante para a estabilidade num balneário de clube grande.
Por contraditório que possa parecer, ao renovar com o veterano Coates o Sporting está a acautelar o futuro e essa é uma preocupação que deve ser partilhada pelos principais rivais, Benfica e FC Porto.
No FC Porto o tema das referências ou a iminente falta delas adquire maior relevância, pois Pepe tem 41 anos, não dura para sempre e termina contrato no final desta temporada, não havendo notícia, sobretudo em momento de transição de presidentes — de Pinto da Costa para André Villas-Boas —, que tenha ainda renovado. Mas, no Dragão, a maior referência, no balneário e no clube, desde 2017/2018, será talvez o seu treinador, Sérgio Conceição. Que, by the way, renovou até 2028 mas cuja continuidade estará dependente de uma conversa que já teve ou ainda vai ter com o novo presidente André Villas-Boas.
O Benfica, até com alguma surpresa, renovou na época passada com o seu capitão, Nicolás Otamendi, campeão do mundo pela Argentina, que tem 36 anos mas continua, tal como Coates e Pepe, a mostrar como se joga bem. Renovou com ele até 2025 e pode ficar descansado que continuará a manter a identidade do seu balneário. Também lá continua João Mário, de 31 anos, há três épocas na Luz, com contrato até 2026 e também ele a mostrar solidez na relação com um clube que, mais uma vez, pode mudar de treinador.
Para os três grandes de Portugal continua a ser absolutamente vital vender jogadores para depois comprar novos jogadores. Mas diria que igualmente determinante será manter e criar jogadores-referência que possam ligar o que é preciso ligar."

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