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sábado, 2 de setembro de 2023

𝗙𝗖 𝗣𝗼𝗿𝘁𝗼 𝗲 𝗮𝘀 𝘁𝗲𝘁𝗮𝘀 𝗱𝗮 𝘃𝗮𝗰𝗮, 𝗼 𝗹𝗲𝗶𝘁𝗲 𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝘃𝗮𝗰𝗮 𝗱𝗮́ 𝗲 𝗼𝘀 𝗯𝗼𝗶𝘀 𝗾𝘂𝗲 𝘀𝗲 𝗮𝗹𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗮𝗺 𝗱𝗲𝗹𝗲.


"Rebentou a bomba. Pietro Mazara, jornalista italiano, levantou a ponta do véu sobre as negociatas do FC Porto, denunciando o intermediário Pedro Pinho, as comissões que levaram o negócio de Taremi a cair e o “sistema” que, embora não tenha sido especificado, tem permitido enriquecer e alimentar várias bocas ao longo das últimas décadas.

𝗤𝘂𝗲𝗺 𝗲́ 𝗣𝗲𝗱𝗿𝗼 𝗣𝗶𝗻𝗵𝗼?
Pedro Pinho é filho de José Maria Pinho, presidente do Rio Ave nos anos 80, que ficou “famoso” por despedir e humilhar o pai de José Mourinho no dia de Natal, em pleno balneário.

𝗖𝗼𝗺𝗼 𝗲𝗻𝘁𝗿𝗮 𝗻𝗼 𝗙𝗖 𝗣𝗼𝗿𝘁𝗼?
A entrada no universo do FC Porto dá-se através de Alexandre Pinto da Costa, filho do presidente do FC Porto. Amigos desde cedo, estudaram juntos no Colégio Luso-Francês e, em 2012, formaram a Energy Soccer, sociedade de mediação, gestão de carreiras e representação de praticantes desportivo.

𝗖𝗼𝗺𝗼 𝗲́ 𝗾𝘂𝗲 𝗼 𝗲𝗺𝗽𝗿𝗲𝘀𝗮́𝗿𝗶𝗼 𝗴𝗮𝗻𝗵𝗼𝘂 𝗳𝗼𝗿𝗰̧𝗮?
Em 2016, os amigos separaram-se e a saída de Antero Henrique para o Paris Saint-Germain estendeu uma passadeira para que Pedro Pinho reforçasse a sua posição na estrutura azul e branca. É então que o empresário compra parte da Energy Soccer a Alexandre Pinto da Costa, transformando-a na PP Sports. Sem que nada fizesse prever, este desconhecido passa a ter mais força que o próprio filho de Pinto da Costa, começando a intermediar negócios, ultimar transferências e a tratar de renovações do plantel do FC Porto, entre elas as renovações de Otávio e Sérgio Oliveira.

𝗤𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗲́ 𝗾𝘂𝗲 𝗼 𝗹𝗲𝗶𝘁𝗲 𝗰𝗼𝗺𝗲𝗰̧𝗮 𝗮 𝗮𝘇𝗲𝗱𝗮𝗿?
Apenas quatro meses depois de intermediar a renovação de Sérgio Oliveira, Pedro Pinho e o jogador do FC Porto criam a "Prosperavenida Lda”, uma suposta empresa imobiliária. Esta jogada despertou a atenção dos mais atentos, que começaram a seguir de perto as movimentações do empresário. Para além destas sociedades, Pedro Pinho detinha a N1 – Gestão de Carreiras. Curiosamente, A N1, criada em 2019 e com sede na cidade do Porto, abandonou a atividade em novembro de 2021, exatamente o mesmo mês e ano em que, coincidentemente, foi lançada a ‘Operação Cartão Azul’ que visava elementos ligados à rede de lavagem de dinheiro dos dragões. O empresário esteve ainda envolvido nas negociações do contrato celebrado entre o FC Porto e a Altice, onde mais de 40 milhões de euros terão sido desviados.

𝗤𝘂𝗮𝗶𝘀 𝗼𝘀 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗼𝗿𝗻𝗼𝘀 𝗻𝗼 𝗲𝘀𝗰𝗮̂𝗻𝗱𝗮𝗹𝗼 𝗱𝗮 𝗔𝗹𝘁𝗶𝗰𝗲?
O contrato de 457 milhões de euros com o FC Porto foi celebrado em dezembro de 2015, ainda com a Portugal Telecom, quando esta se encontrava em fase de transição para ser adquirida pela Altice. Vários milhões de euros do negócio terão sido repartidos por elementos ligados ao clube azul e branco, entre os quais o empresário, Pinto da Costa e o filho. Parte desse dinheiro terá sido transferido para uma das contas de Pedro Pinho, no Banco Carregosa.

𝗤𝘂𝗮𝗹 𝗮 𝗶𝗻𝗳𝗹𝘂𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗱𝗼 𝗕𝗮𝗻𝗰𝗼 𝗖𝗮𝗿𝗿𝗲𝗴𝗼𝘀𝗮?
A instituição bancária tem sido responsável por financiar e patrocinar o FC Porto ao longo das últimas décadas. Misteriosamente, foi do Banco Carregosa que saiu um dos atuais vice-presidentes de Pinto da Costa, Paulo Mendes, e também foi neste banco que vários elementos ligados ao FC Porto foram vistos a levantar dinheiro em notas.

𝗘 𝗾𝘂𝗮𝗹 𝗼 𝗽𝗮𝗽𝗲𝗹 𝗱𝗲 𝗣𝗶𝗻𝘁𝗼 𝗱𝗮 𝗖𝗼𝘀𝘁𝗮 𝗻𝗼 𝗺𝗲𝗶𝗼 𝗱𝗲 𝘁𝘂𝗱𝗼 𝗶𝘀𝘁𝗼?
Pinto da Costa tem um papel determinante nos valores dos negócios faturados pelo FC Porto, pelo que existem suspeitas muito fortes que corroboram a tese de que Pedro Pinho é o seu “testa de ferro”, tornando-se numa peça fundamental para realizar pagamentos de despesas não documentadas no alegado interesse do clube, como apoios à claque dos Super Dragões e atribuições para a orbe pessoal do presidente do FC Porto.

𝗤𝘂𝗮𝗶𝘀 𝗼𝘀 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮𝘁𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗷𝗼𝗴𝗮𝗱𝗼𝗿𝗲𝘀 𝘀𝘂𝘀𝗽𝗲𝗶𝘁𝗼𝘀?
José Luís Andrade, Idrisa Sidi Sambú, Renzo Saravia, Agustin Marchesín, Ivan Marcano, Éder Militão, Felipe, João Pedro Maturano, Pêpe, Suk, Mamadou Loum, Casemiro, Brahimi, Ricardo Quaresma e Aboubakar são alguns dos negócios cujos contratos estão ou estiveram sob suspeita.

𝗣𝗼𝗿 𝗾𝘂𝗲 𝗿𝗮𝘇𝗮̃𝗼 𝘀𝗲 𝗮𝗯𝗮𝗳𝗮 𝗼 𝗲𝗻𝘃𝗼𝗹𝘃𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗱𝗲 𝗣𝗶𝗻𝘁𝗼 𝗱𝗮 𝗖𝗼𝘀𝘁𝗮?
Porque está protegido por uma poderosa teia política, judicial e desportiva. O envolvimento de Pinto da Costa nos esquemas é fácil de provar. A título de exemplo, a 1 de julho de 2014, o FC Porto e a empresa Vela, com sede em Malta e propriedade de Nélio Lucas, da Doyen, assinaram um contrato com vista à observação de jogadores. O documento contou com duas assinaturas, uma das quais do presidente do FC Porto. Entre 2012 e 2016, o FC Porto pagou a essa empresa cerca de 1,6 milhões de euros. Destes, 1,58 milhões foram transferidos para a Energy Soccer, do seu filho e Pedro Pinho. E quais foram os serviços prestados? Nenhuns.

𝗢𝘀 𝗲𝘀𝘁𝗮𝘁𝘂𝘁𝗼𝘀 𝗱𝗼 𝗙𝗖 𝗣𝗼𝗿𝘁𝗼 𝗻𝗮̃𝗼 𝗽𝗿𝗼𝘁𝗲𝗴𝗲𝗺 𝗼 𝗰𝗹𝘂𝗯𝗲?
Os estatutos do FC Porto preveem perda de mandato, mas os adeptos estão totalmente controlados pelas constantes cortinas de fumo que os ludibriam, sendo continuadamente incitados à guerra contra o centralismo, inimigos da capital e falsidades da comunicação social lisboeta que os pretende destruir.

𝗘 𝗼 𝗳𝘂𝘁𝘂𝗿𝗼?
Com uma SAD afogada em dívidas, dezenas de delitos sob suspeita - alguns deles confirmados, julgados e aceites pelo próprio clube, e reabertos anos depois, por alma e graça do Espírito Santo, para anulação da prova – e outros crimes gravíssimos que se encontram em tribunal, o FC Porto enfrentará, brevemente, a derradeira sentença resultante de décadas de obscuridade e trafulhices encabeçadas por Pinto da Costa. Ironicamente, o criador do clube que todos conhecemos será também o seu destruidor."

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