"A Crónica: Benfica Aguenta Início Apertado E Colocam-se Em Posição Privilegiada
As noites que tanto gostamos de futebol da Liga dos Campeões. Na competição onde competem os melhores dos melhores, num ano em que já caíram alguns gigantes e outros ficariam pelo caminho já nesta fase. É um pouco do contexto da prova onde competem Club Brugge KV e SL Benfica, adversários nos oitavos de final, com esta primeira mão a ser jogada na Bélgica. Para as águias, imitar o que o FC Porto conseguiu fazer na fase de grupos – vitória por 0x4 – seria a situação ideal, mas no cenário existente a vitória já deixaria o Benfica em ótima posição para fechar em casa.
Não tardou a haver oportunidade de golo, com a equipa de Roger Schmidt a dar o primeiro aviso, num pontapé de canto. Otamendi passou despercebido e conseguiu cabecear para Ramos, que lhe imitou o gesto, mas sem testar ainda Mignolet, que defendeu tranquilamente. O Brugge chamava a pressão e explorava depois as costas da defesa encarnada com bolas rápidas – é numa situação do tipo que os belgas criam a primeira situação para golo -, sem se darem à pressão e permitir que o Benfica recuperasse a bola em zonas adiantadas. Os belgas procuravam as faixas para criar perigo. O Benfica não foi conservador e manteve-se fiel à sua matriz de jogo, com uma construção de trás para a frente para criar desequilíbrios atrás.
A entrada para a primeira meia hora de jogo trouxe mais posse e estabilidade para o Benfica em Bruges, que começava a defender melhor. Gonçalo Ramos e Rafa começavam a colecionar oportunidades, com Rafa a fazer uso da sua velocidade para romper. O desequilibrador encarnado enviou uma bola ao poste e aos 34 minutos rematou cruzado, obrigando Mignolet a uma defesa apertada. Sentia-se mais Benfica com o passar dos minutos.
Os encarnados começaram a segunda parte com uma intensidade acima do demonstrado no primeiro tempo e ficou perto do golo, com Ramos a colocar a bola muito perto da baliza. Não fez o desejado golo, mas conseguiu uma grande penalidade após uma falha de Hendry. Na conversão do castigo máximo, João Mário fez o quinto da sua conta pessoal na Liga dos Campeões, abrindo o marcador. Um golo muito importante para as águias.
A equipa da Luz chegava a último terço, sem criar grande perigo. A definição foi um problema em que os comandados de Roger Schmidt esbarraram. A formação orientada por Scott Parker estava completamente desligada e sem ideias, com o Benfica a dominar por completo o rumo dos acontecimentos, mantendo a toada sem criar muito perigo, até ao minuto 72. Neres soltou Grimaldo no espaço e este colocou a bola redondinha para Chiquinho na área, mas o médio português não conseguiu ter a capacidade de fazer golo.
O ímpeto da primeira parte por lá ficou e o Brugge não conseguiu criar nenhum lance passível de golo até ao final da partida. O Benfica geriu a sua vantagem, geriu também o esforço físico de peças importantes como Ramos e Rafa e não passou por nenhum calafrio após o golo. Numa fase do jogo mais apagada, surge o segundo golo. Erro na defesa belga, pressão de Neres, que se isola e finaliza com categoria. Assim, uma vitória por dois golos de diferença, que coloca o Benfica perto dos quartos de final. A segunda mão é dia sete de março, no Estádio da Luz.
A Figura
João Mário – Um regalo de ver jogar. O médio internacional português faz a equipa jogar, define ritmos de posses e é o catalisador dos ataques. Joga sempre solto e hoje juntou mais um golo, numa época goleadora para ‘Super Mário’.
O Fora de Jogo
Centrais dos belgas – Numa noite em que criar oportunidades de golo revelou-se ser muito difícil, os centrais de Scott Parker cometeram dois erros que custaram um resultado positivo à sua equipa. Primeiro Hendry, a dar um penalti e depois Meijer que não sentiu a pressão de David Neres, que faria depois o segundo encarnado."
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