Últimas indefectivações

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Um Benfica infeliz feliz


"Em cima deles, à Benfica. A mudança para um sistema com três centrais – E que qualidade têm e que jogo fizeram Otamendi, Vertonghen e Morato – trouxe um Benfica não apenas muito mais seguro sem posse, fechando mais espaço defensivo junto à baliza de Odysseas, mas também um conjunto com maior qualidade a construir. A dificuldade de encaixar na construção da equipa de Jesus, voltou a ter o condão de permitir que centrais progredissem em posse, e com isso o Dinamo era forçado a ir baixando metros.

Ataque Posicional 3x2x4x1

A saída a Morato esteve ao encargo de Tsygankov e com isto Grimaldo ficava livre para receber – Pelo seu corredor esquerdo, o Benfica encontrou sempre taticamente espaço para chegar a zonas altas. Aí encostava no Dinamo, preparava transição com os três centrais sempre ligados ao jogo. O do lado da bola aproximava, Vertonghen marcava o ponta de lança do Dinamo, e o central do lado oposto ficava a sobrar. Com Transição Defensiva de eleição, com construção que não era parada na sua primeira fase, o Benfica tomou o ascendente de toda a primeira parte, embora sentindo dificuldades normais e naturais porque perante um bloco compacto, sempre com dez atrás da linha da bola.

Estratégico – Everton Por Grimaldo

A troca Grimaldo – Everton em Ataque Posicional pretendeu que o brasileiro aproveitasse o espaço largo que havia para receber a bola por fora para encarar lateral adversário, ao mesmo tempo que Grimaldo em espaço interior também teria capacidade para resolver, criando. A ideia de Jesus não trouxe os desequilíbrios ofensivos necessários, e ao longo de todo o primeiro período, onde taticamente foi um Benfica Europeu, não foi capaz a equipa encarnada de materializar em criação o ascendente tático. 

Estatística ao Intervalo

A segunda parte trouxe novamente um Benfica pausado, a chegar junto à frente e a criar. Yaremchuk depois de uma jogada de insistência de Rafa Silva teve uma oportunidade de ouro para mudar a história do jogo.
A bola não entrou, e na procura de mudar o resultado – Já merecia mais, o Benfica – Jorge Jesus foi ao banco e… perdeu o que havia tido de melhor. Radonjic, Darwin e Lazaro vieram para abanar o jogo, e se o Sérvio foi inconsequente, mas ainda assim agitador, Darwin e sobretudo Lazaro trouxeram falta de critério, correria sem ideias e perdas. Muitas perdas da posse. Ficou mais exposto, deixou de estar tão preparado para a perda, e embora tenha sido sempre superior até aos últimos minutos da partida, sentiu-se que já não extrairia nada de excepcional do jogo.
Na infelicidade, a felicidade de Odysseas e o VAR segurarem o até então imerecido empate. 

Destaques Individuais
Rafa Silva: Foi sempre o criador do Benfica. As suas acelerações foram o ponto principal de desequilíbrio dos ataques encarnados, e mesmo na grande área, teve agilidade para contornar defesas e proporcionar a Yaremchuk a melhor oportunidade para marcar. Vai subindo o nível, erra menos, e também já se tornou um quebra cabeças em ataque posicional pela forma como recebe e acelera a dois toques.
Weigl: Uma partida de elevadíssima qualidade. Autêntico barômetro das saídas para o ataque do Benfica, foi da sua capacidade para decidir e da sua agilidade a receber e a rodar para os lados abertos do campo, que a equipa de Jesus foi dominadora e encostou o Dinamo atrás. Num jogo onde o Benfica teve 89% de acerto de passe, com menos transições defensivas para fazer – menos correrias para dar – e consequentemente menos exposto onde é menos capaz, Weigl foi o senhor do jogo. E quando teve de acelerar para travar Transição Ofensiva do Dinamo, também o fez sempre com qualidade."

1 comentário:

  1. Certamente por lapso, não mencionou para mim ,o melhor jo
    gador do Benfica Odysseias.

    ResponderEliminar

A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!