Últimas indefectivações

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Noite à Benfica!


"Que grande noite europeia se viveu ontem no Estádio da Luz!
Ambição, confiança, solidez e magia em campo, acompanhados do indispensável apoio fervoroso nas bancadas, foram os predicados que permitiram à nossa equipa construir um triunfo robusto, por 3-0, ante o Barcelona, crónico candidato à conquista da Liga dos Campeões.
A nossa equipa fez uma exibição brilhante frente a um adversário muito difícil, demonstrando, assim, a firmeza dos passos dados na construção de uma identidade e afirmação europeias.
Tal como ficou expresso ante o Barcelona, enfrentamos qualquer adversário com a ambição de vencer. Esta é a atitude indispensável à procura dos melhores resultados possíveis.
Para Jorge Jesus, este foi um "grande jogo coletivo da equipa". O nosso treinador reconheceu que "tivemos um bocadinho da sorte no jogo" numa partida em que "foi quase tudo perfeito" para as nossas cores, destacando ainda a "organização defensiva" como fator-chave na conquista dos três pontos.
O ambiente infernal vivido no Estádio da Luz contribuiu, também decisivamente, para o triunfo benfiquista. Weigl explicou que "a atmosfera no Estádio levou-nos mais além" e João Mário considerou o "ambiente espetacular" e que os adeptos "foram incríveis e ajudaram contra uma grande equipa".
Darwin, autor de dois golos, evidenciou "a grande vitória para a equipa" e Rafa, o marcador do outro golo benfiquista, relevou o excelente momento coletivo: "Estamos muito bem e temos de continuar assim."
Essa continuidade poderá ser expressa já no próximo domingo, em que seremos os anfitriões do Portimonense, o atual sexto classificado da Liga Bwin. Um jogo que ficará marcado pelo regresso, em pleno, do público às bancadas, uma medida que saudamos e há muito desejávamos.
Desafiamos os Benfiquistas a estar presentes para uma tarde de futebol no inferno da Luz como gostamos, com o Estádio repleto, e para ajudarmos a nossa equipa a alcançar mais três pontos."

A evolução de Weigl – O quarto equilíbrio e a gestão da posse


"O médio alemão é finalmente indiscutível no jogo do Benfica. Mas, o que mudou?
Jorge Jesus referiu que hoje, Weigl já percebe melhor o que o treinador quer do seu médio defensivo. Mas, há mais factores para lá do conhecimento que permitem o emergir de Weigl, e todos relacionados com a forma como, e ao contrário da temporada passada, Weigl está menos exposto e mais protegido pelo coletivo… e por novas individualidades no Benfica.
O ponto de partida para o incremento do rendimento de Weigl é desde logo a mudança de sistema tático. Com três centrais, deixa de ser o “6” a ter a responsabilidade de integrar linha defensiva quando um dos defesas sai na bola. O espaço largo que sempre se abre entre lateral e central, e que tantas vezes força o médio defensivo a aparecer para dar cobertura, ou que ocupado por um dos centrais, obriga o “seis” a ocupar a posição central da defesa, já não existe. A linha de cinco cobre mais largura, e o seis já não tem de se integrar na defesa.
No momento ofensivo, Weigl passa a ser o quarto homem que equilibra a equipa – Três centrais atrás e Julian à frente dos três. Anteriormente era o terceiro equilíbrio – Depois dos dois centrais.
A mudança estrutural tática, reduziu desde logo a necessidade de um campo de ação tão largo como no passado. E é precisamente pelas suas capacidades condicionais (velocidade e força) não serem de topo que o talentoso médio chegou para jogar em Portugal. Caso contrário, jamais jogaria na nossa Liga. Protegido nas suas lacunas pelo novo equilibrio tático da equipa, Weigl beneficia ainda de hoje ter à sua frente o criterioso João Mário. O jogo do Benfica acelera quando chega ao último terço – Tem jogadores de excelência para tal – mas, não acelera fora de tempo – Como é o caso quando Taarabt o força a acontecer, ainda antes da chegada da bola a zonas altas. O critério e gestão que João Mário dá ao jogo ofensivo do Benfica, provoca menos perdas, e consequentemente menos momentos onde é fundamental Acelerar e Marcar oponentes para controlar momento de Transição Defensiva.
Menos exposto taticamente, com menos momentos onde é menos forte para controlar ao longo do jogo – Que lhe permite ter mais energia para reagir – Diferente ter de acelerar 5 vezes na Transição Defensiva, de ter de o fazer por 15! – emerge a sua qualidade em posse. E esta sempre esteve presente no seu jogo, e não é novidade!
Contra o PSV em Eindhoven e contra o Barcelona na Luz, Weigl bateu os seus records do ano em intercepções e recuperações da posse, e foi em ambos os jogos verdadeiramente determinante para o sucesso do Benfica."

Cadomblé do Vata


"1. Não vou ser hipócrita, contava com vitória, mas nunca coloquei a hipótese de enfiarmos 4-0 neles... e o erro no resultado final não é meu, é da UEFA que ainda não considerou "aquele" corte do Veríssimo como golo do SL Benfica.
2. Champions League 21/22: Messi, 180min, 1 golo. Ronaldo, 162min, 2 golos... Darwin Nunez Ribeiro, 116min, 2 golos.
3. "Ah mas o Barcelona não tinha o Messi"... certo, mas o Borussia não tinha o Weigl e ganhou na mesma ao Sporting.
4. Ontem confirmou-se que o Super Slow Motion foi uma grande invenção... na actualidade, é a única forma que as transmissões televisivas têm para acompanhar as arrancadas vertiginosas do Rafa e do Darwin.
5. Com Barcelona a ser atropelado na Luz e à rasca, Koeman vai ao banco e saca de Gavi, Nico e Mingueza... pode parecer estranho mas entendo-o, quem elimina uma vez o campeão europeu com Moretto, Alcides e Beto a titulares, fica convencido que qualquer merda que invente, dá resultado."

Quem é, afinal, o gigante?


"Entrará na história como uma das grandes noites europeias do Benfica das últimas décadas: se é certo que este Barcelona é uma cópia contrafeita do Barcelona a que estávamos habituados, o 3-0 aos catalães é feito de intensidade, de qualidade, de segurança defensiva e bom timing no ataque. Desengane-se quem ache que o Barcelona perdeu este jogo - foi o Benfica que o ganhou

Ver uma equipa portuguesa bater um gigante europeu na Champions não é uma impossibilidade. É uma improbabilidade estatística, é certo, mas já não há aqui Adamastores. Mas a verdade é que essas vitórias são muitas vezes fruto de um qualquer transe competitivo ou de mudanças de estratégia, o que não tem mal nenhum, afinal de contas cada um joga com as armas que tem e nós, queiramos ou não, temos menos que os outros.
Porém, talvez aí esteja a diferença entre a vitória do Benfica esta quarta-feira por 3-0 frente ao Barcelona para outros triunfos surpreendentes da história recente das equipas portuguesas na Europa: o Benfica nada mudou. Jogou com o Barcelona com a mesma estratégia com que joga com o Moreirense, sendo muito bom naquilo em que é habitualmente bom e aproveitando sem piedade na hora e naquilo em que o adversário falhou. Foi a equipa grande num duelo em que o outro é que entrava como o gigante e não nos podemos esquecer que este Barcelona é hoje uma sombra de outros Barcelonas, mas continua a ter um meio-campo com Busquets, De Jong e Pedri.
O Benfica ganhou o jogo logo de entrada, com 10 minutos muito fortes que valeram um golo aos 3 minutos, numa transição ofensiva em que Weigl encontrou Darwin na frente, com o uruguaio a brincar com Eric Garcia antes de fletir para dentro e enganar Ter Stegen com um remate junto ao poste esquerdo do alemão.
E com esse golo, o Benfica ficou confortável no jogo, com e sem bola. Porque lá atrás a defesa estava seguríssima, certa que nem relógio suíço, e mesmo com o Barcelona a pegar no jogo a partir dos 15 minutos, nunca se sentiu o Benfica por algum momento perdido. Pedri e Frenkie de Jong eram por esta altura os jogadores mais perigosos do Barça, o miúdo espanhol como uma espécie de réstia daquilo que já foi o Barcelona e o neerlandês a aparecer incaracteristicamente na área, como quem desespera e percebe que tem de fazer o trabalho de vários homens para levar a sua equipa para a frente.
Mas nem a visão raio-x de Pedri nem o esforço de Frenkie fizeram tremer o jogo posicionalmente irrepreensível do Benfica e mais fácil ficou quando Ronald Koeman, em mais capítulo da descaracterização do Barcelona em curso, recuou De Jong para o eixo da defesa quando, num ato de desespero que só se vê nas cabeças mais perdidas do futebol, percebeu que tinha de tirar Piqué do jogo ainda na 1.ª parte, sob pena de em menos de nada estar a jogar com 10.
A seguir ao intervalo apenas se agudizou a superioridade tática do Benfica, a gerir com todo o à-vontade os ritmos de jogo, com Weigl e João Mário em nível estelar e Rafa na frente carregar na velocidade que, mais minuto, menos minuto, iria fazer desmoronar o Barcelona.
Aos 52’, como que emulando a vida interior da cabeça de cada um dos jogadores do Barcelona e do seu treinador, o habitualmente gélido Ter Stegen saiu amalucadamente da baliza, com Darwin a aproveitar a porta aberta para rematar: a bola foi ao poste, mas a partir dali o Barcelona despediu-se, deixou o palco, entregando o jogo a meros figurantes. E quando Koeman tentou mudar algo, com a entrada de Ansu Fati já quase aos 70’, os encarnados responderam imediatamente com um golo, um remate de trivela de Rafa a culminar uma excelente jogada de ataque, onde as diferenças de qualidade e intensidade de uma equipa para a outra ficaram evidentes.
O timing do 2-0, diga-se, foi excelente para o Benfica, que também fez por merecer aquele momento, porque soube quando acelerar, quando ferir definitivamente um Barcelona sorumbático, sem rumo, que foi vivendo de Pedri e De Jong e, depois da borrada estratégica de Koeman, dos laivos particulares de Memphis, nada que desfocasse uma defesa do Benfica que foi um metrónomo - e é só analisar a quantidade de foras de jogo arrancados pelos encarnados para perceber a confiança e o controlo total do rumo do jogo que o Benfica teve na 2.ª parte.
A grande penalidade cometida por Dest e marcada por Darwin veio só dar outra cor a uma noite europeia de sonho do Benfica, dando-lhe volume e justiça, porque foi o gigante e o adulto em campo, amarrando com o seu futebol vertical, veloz e intenso uma equipa que, por si só, já está em frangalhos.
Mas isso é apenas um pormenor: mais do que uma derrota do Barcelona, esta noite vimos um grande jogo do Benfica, uma vitória limpinha, sem ser preciso olhar a táticas alternativas, a luta, a uma atitude mais ou menos competitiva, a uma estratégia para um jogo só. O Benfica foi o que é e foi, simplesmente, muito superior."

Benfica de gala. O “B” grande foi português


"Um golo a abir, com Darwin como gosta, no ataque à profundidade, deu ao Benfica o que precisava para estar, ainda mais tranquilo no jogo.
Com a sua linha de cinco sempre a controlar a largura e Rafa e Darwin a formarem a linha média, juntando-se a Weigl e João Mário, o Benfica foi mantendo o seu corredor central bem protegido, com as ameaças blaugranas a surgirem em diagonais sem bola dos médios interiores em busca de pedir a bola na profundidade.
E se Yaremchuk se move cada vez melhor em apoio, por ter um conhecimento cada vez mais aprimorado das ideias da equipa e assim se associar com os colegas e dar saída de zonas de pressão, isso só não sucedeu com maior frequência porque Darwin revela no jogo em apoio uma das suas maiores debilidades. Um momento em que fez a equipa perder a posse por diversas ocasiões na primeira parte.
Porque, é nestes jogos em que o nível sobe que se torna, ainda mais importante, o nível técnico e de decisões dos jogadores. E, se dúvidas existissem, o jogo de hoje provou-o para a posteridade. Este Benfica cresce para um patamar onde não estava há alguns anos porque hoje tem, no seu corredor central, elementos que lhe dão outra clarividência de decisões com bola, mesmo quando o espaço se reduz, sendo hoje mais do que uma equipa de vertigem, também uma equipa que descansa em posse, porque a perde muito menos vezes. E repito, mesmo quando o nível sobe.
A juntar a isso, uma solidez defensiva nunca vista na era Jesus na Luz, muito por culpa de uma linha de cinco que controla muito melhor a largura e deixa a equipa menos exposta em transição defensiva do que antes, mas sobretudo porque a qualidade do comportamento da última linha encarnada é muito alavancada pela elevada qualidade individual dos seus elementos, sobretudo os centrais, sempre intratáveis nos duelos. Destaque para Verissimo, exímio no controlo a Depay, tanto nos duelos individuais como no controlo da profundidade.

Homem do Jogo
Longe de ser um primor técnico, Darwin tem características únicas pela forma como ataca a profundidade, com e sem bola. Quando e se melhorar a sua capacidade decisional e habilidade motora pode ser um prodígio. Jesus acredita!"

SL Benfica 3-0 FC Barcelona: Resultado histórico em noite de gala!


"A Crónica: Darwin Endiabrado Afundou (Ainda Mais) Catalães
Frente a um FC Barcelona ferido, mas forte, o SL Benfica entrou praticamente a ganhar na partida e expôs algumas das debilidades espanholas.
Logo ao terceiro minuto, e após um passe logo para as costas culés, Darwin Núñez, descaído para o lado esquerdo do ataque, enfrentou Eric Garcia no “um-para-um” e rematou ao primeiro poste, inaugurando o marcador ainda antes de todos os adeptos estarem sentados nos seus lugares.
O FC Barcelona sentiu o golo, mas depressa reagiu e procurou o empate. Luuk de Jong desperdiçou duas oportunidades claras de golo – uma delas salva por Lucas Veríssimo com um corte inacreditável – e Pedri esteve a centímetros do golo, mas os encarnados continuavam vivos e perigosos no contra-ataque.
Com Darwin e Yaremchuk juntos, o avançado ucraniano, menos móvel, prendia a defesa catalã, permitindo que o jogador uruguaio vagueasse livre.
O início da segunda parte foi semelhante ao primeiro tempo, com o SL Benfica a entrar por cima e a aproximar-se do golo. O FC Barcelona voltou a responder com perigo, mas continuava pouco certeiro na hora de definir. O mesmo não acontecia com as águias, que aproveitaram as suas oportunidades para chegar ao 2-0.
Com 70 minutos decorridos, Yaremchuk combinou com João Mário à entrada da área. O médio não conseguiu finalizar, mas Rafa aproveitou para marcar e aumentar a vantagem. Os encarnados estavam por cima e não demoraram a chegar aos contornos de goleada, com Darwin a bisar da marca de grande penalidade.
O emblema lisboeta conseguiu uma vitoria história, somou três pontos que podem ser fundamentais nas contas do grupo, e afundou ainda mais o FC Barcelona.

A Figura
Darwin Núñez O avançado uruguaio foi sempre um perigo para a equipa de Barcelona. Com a sua velocidade e irreverência, Darwin foi um autêntico quebra-cabeças que, sem ter acertado sempre na hora da decisão, mostra sinais positivos para o futuro.

O Fora de Jogo
Luuk de Jong O avançado holandês pouco fez durante os 70 minutos que teve em campo. Luuk de Jong desperdiçou duas das principais ocasiões de golo criadas pelo FC Barcelona e pouco ofereceu na criação da manobra ofensiva catalã.

Análise Tática – SL Benfica
Com o mesmo onze que batera o Vitória SC na última jornada do campeonato, Jorge Jesus apostou na equipa que lhe dava garantias de consistência nos diferentes momentos do jogo.
É difícil fugir ao facto de que, ao marcar aos três minutos, o SL Benfica conseguiu adotar uma postura mais expectante, o que permitiu apostar nas transições ofensivas de forma constante.
Rafa mostrou ser o dínamo que permitia às águias ultrapassar a pressão culé, e Grimaldo e Lázaro, seguido por Gilberto, ofereciam largura ao ataque encarnado, combinando com o tridente ofensivo.
Com Weigl e João Mário a controlar a zona intermédia do campo, o SL Benfica mostrou critério com bola, mas também conseguiu conter a posse catalã, não permitindo que os adversários aparecessem embalados frente à defesa e condicionando a ação de Frenkie de Jong.

11 Inicial e Pontuações
Odysseas Vlachodimos (7)
Jan Vertonghen (7)
Lucas Veríssimo (8)
Nicolás Otamendi (7)
Alejandro Grimaldo (7)
Valentino Lazaro (6)
Julian Weigl (7)
João Mário (7)
Rafa Silva (8)
Darwin Nuñez (8)
Roman Yaremchuk (7)
Subs Utilizados
Gilberto (7)
André Almeida (6)
Taarabt (6)
Pizzi (6)
Gonçalo Ramos (6)

Análise Tática – FC Barcelona
Com três defesas centrais, o FC Barcelona teve dificuldade em lidar com a velocidade de Rafa e Darwin, o que ficou espelhado no primeiro golo quando Eric Garcia não conseguiu acompanhar o avançado benfiquista.
Como Jorge Jesus confirmou na conferência de imprensa após o jogo, o posicionamento de Frenkie de Jong entre os centrais, para depois avançar e iniciar a construção ofensiva, teve impacto e permitiu ao FC Barcelona crescer no encontro e assumir o controlo da posse de bola.
As dinâmicas entre Frenkie de Jong, Pedri e os avançados do FC Barcelona fez-se sentir, especialmente do lado esquerdo do ataque de forma a aproveitar a explosividade de Memphis Depay para desequilibrar.

11 Inicial e Pontuações
Marc-André ter Stegen (7)
Eric García (5)
Gerard Piqué (5)
Ronald Araújo (6)
Sergiño Dest (6)
Frenkie De Jong (7)
Sergio Busquets (6)
Pedri (7)
Sergi Roberto (6)
Luuk de Jong (5)
Memphis Depay (6)
Subs Utilizados
Gavi (6)
Nico Gonzalez (6)
Ansu Fati (6)
Philippe Coutinho (6)
Oscar Mingueza (-)

BnR na Conferência de Imprensa
SL Benfica
Não foi possível fazer perguntas Jorge Jesus.

FC Barcelona
Não foi possível fazer perguntas a Ronald Koeman."

BnR: Barcelona...

Bello: Barcelona...

Live, na bancada: Barcelona...

O Cantinho Benfiquista #64 - Riding the Wave of Momentum

Factos dia:


"O novo perdão de 168 milhões de euros ao Sporting CP representará o equivalente a:
- 7 presenças do clube na fase de grupos da Champions League (25 milhões euros/ano). ✅
- 3 “Brunos Fernandes” (55 milhões x 3). ✅
- 4 “Nunos Mendes”. ✅
- 1 "João Félix” e 2 idas à Champions League. ✅
Se a isto somarmos os 94,5 milhões já perdoados ao Sporting CP em 2018, atingimos um total de 262,5 milhões de euros perdoados ao clube leonino, equivalentes a:
- 2 “João Félix” e 1 ida à Champions League. ✅
- 5 “Brunos Fernandes. ✅
- 7 "Nunos Mendes". ✅
- 10 anos e meio de entradas diretas na fase de grupos da Champions League. ✅
O que tem o SL Benfica e o FC Porto a dizerem sobre este vexame?
Isto não é concorrência desleal? Porque é que ao Sporting CP lhe é permitido não cumprir as suas obrigações financeiras? Isto não é motivo suficiente para os responsáveis por este escândalo serem chamados a depor à Comissão Parlamentar de Inquérito?
Portugueses, acordem! Não se trata de clubismos mas sim do dinheiro de Todos os contribuintes deste país.
E todos nós sabemos quem irá pagar a fatura!"

Vermelhão: Para os livros de História...!!!

Benfica 3 - 0 Barcelona


Independentemente do momento actual do Barcelona, vencer os catalães é sempre prestigiante, ainda por cima quando a vitória, foi a soma da qualidade e de muita atitude! Não foi uma partida perfeita, mas foi de facto um grande jogo do Benfica!

E se o Barça, não tem o Messi, está repleto de Internacionais, e de bons jogadores, alguns jovens, alguns bastante experientes... e nesta época, acabou por sofrer hoje a 2.ª derrota da época (a outra foi com o Bayern), sendo que no Campeonato Espanhol, se vencer o jogo que tem atraso, fica em 4.º lugar a 2 pontos do líder!!!

O jogo não foi perfeito, porque houve ali um momento em que o meio-campo do Benfica 'perdeu' as marcações! Como o Jesus admitiu no final, a saída do Piqué, acabou por alterar o posicionamento no momento de posse de bola do Barça, e só ao intervalo a equipa conseguiu adaptar-se à situação... E se o Odysseas praticamente não fez defesas, a verdade é que o Barça podia ter empatado em algumas ocasiões, com remates que foram ao lado, ou 'cortados' pelos nossos defesas... Aquele corte do Lucas, deveria valer uma celebração de 'golo'!!!

O Darwin marcou dois golos, mas podia ter marcado mais e podia ter passado a bola noutras ocasiões! Grande jogo do Rafa, com bola e sem bola... Outro jogão da dupla Weigl, João Mário! Aquele momento na 1.ª parte, com erros de marcação no meio-campo, acabou por 'abrir' espaços no meio do nosso trio de Centrais, mas conseguimos 'corrigir', com destaque para o Lucão!!!

Nem na Europa, levamos com arbitragens competentes! Penalty sobre o Darwin e expulsão perdoada ao Piqué... Além de alguns Amarelos ridículos ao Benfica! Mas depois de várias 'tentativas', lá conseguimos ganhar um jogo apitado pelo senhor Orsato!!!

Enorme passo para a possibilidade de conquistar o 2.º lugar, mas nada de foguetes, até porque os dois próximos jogos com o Bayern vão ser complicadíssimos, e sendo honestos, sabemos que o mais provável é conquistar 0 pontos, nas duas próximas jornadas, e se isso acontecer, iremos a Barcelona na 5.ª jornada, muito provavelmente em 3.º lugar no grupo... E tal como eu já realcei anteriormente, se o Bayern chegar aos 12 pontos na 4.ª jornada, é muito provável que faça 'rotação' nos jogos com o Barça e com o Dínamo, o que poderá ser prejudicial ao Benfica!

Mas antes disso, vamos ter muitos outros jogos, a começar com o Portimonense. É com recordar que o Benfica tem tido mais dificuldades na Luz, do que nos jogos fora! Ainda por cima neste ambiente pós-Champions, com alguma euforia, contra um equipa, que tem feito muitos pontos a jogar fora de casa, jogando em puro contra-ataque! Nas vésperas de mais uma paragem para as Selecções, é fundamental manter a 'pressão' nos nossos adversários, mantendo esta aura de invencibilidade... Mas para isso é preciso jogar com a mesma atitude de hoje!!!

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Aperitivo... !!!

Benfica 4 - 0 Barcelona


Depois da derrota pesada em Kiev, a equipa estava a precisar dum resultado destes! E se beneficiámos da expulsão do guarda-redes do Barça, recordo que nessa altura o resultado já estava 2-0!

Com a cabazada que o Dínamo deu ao Bayern em Munique(0-4), parece que os Ucranianos, estão lançados para o 1.º lugar, sendo assim é fundamental o Benfica fazer mais pontos que o Bayern nos dois próximos confrontos directos com os bávaros!

Em frente...

Benfica 83 - 77 Voluntari
21-22, 16-13, 15-18, 31-24

Vitória, sem convencer... Bem na defesa, mal no ataque! Tem sido este o Benfica desta época, desta vez, com o Broussard a assumir o lançamento... Depois de uma 'branca' no final do 3.º período, conseguimos dar a volta no derradeiro período da partida!
Má notícia a lesão do Farr, que mesmo sem ter mostrado muito, é fundamental na rotação da equipa. Sem o Farr na partida com o Groningen, vamos ter dificuldades no jogo interior!
Estamos a um jogo da fase de grupos, mas vamos defrontar a equipa da casa, que tem qualidade...

Trofense...


Sorteio da Taça de Portugal, e como de costume, ao Benfica a sair uma das equipas 'menos acessíveis', dentro das possibilidades, considerando as condicionantes do Sorteio!

Vamos à Trofa, equipa da II Liga, com valor idêntico às equipas do funda da tabela da I Liga, muito provavelmente com um onze, muito diferente do habitual, com uma 'paragem' para as selecções nas vésperas, e com o jogo do Bayern logo a seguir!

E se em algumas posições existem de facto opções, noutras nem por isso: a questão dos Centrais vai voltar a preocupar...

Espírito 1961


"Ontem, na Luz, assistimos a um grande triunfo da nossa equipa de andebol frente ao Rhein-Neckar Löwen, vencedor da Taça EHF em 2013 e bicampeão alemão em anos recentes.
O 33-28 final (a primeira mão saldara-se por um empate a 31 golos) garantiu o apuramento benfiquista para a fase de grupos da EHF European League. Todos tínhamos consciência da enorme dificuldade de que se revestia esta eliminatória, mas foi com ambição que o objetivo da passagem foi assumido e alcançado.
Do Pavilhão n.º 2 para o Estádio, hoje, às 20 horas, com os bilhetes colocados à venda esgotados, será a vez de a nossa equipa de futebol defrontar um grande adversário, um dos clubes mais emblemáticos a nível mundial.
Trata-se do Barcelona, candidato crónico a vencer a Liga dos Campeões, vencedor da prova quatro vezes neste século (cinco no total) e finalista vencido em três ocasiões, entre as quais frente ao Benfica em 1961.
Para Jorge Jesus, "o Barcelona continua a ser uma das equipas mais fortes da Europa, para não dizer do mundo", e o treinador reconheceu que "vamos ter imensas dificuldades porque vamos encontrar uma equipa com grandes jogadores".
Esta constatação não inviabiliza, no entanto, que procuremos a vitória.
Grimaldo, formado no clube catalão, foi a voz do sentimento prevalecente no balneário benfiquista: "Temos respeito por eles e sabemos que é uma equipa de topo, mas não temos medo e vamos jogar de igual para igual, para ganharmos os três pontos."
Obviamente que não se esperam facilidades ante um excelente adversário como o Barcelona, mas será à procura do melhor resultado possível que a nossa equipa se apresentará em campo esta noite.
Vamos, Benfica!"

Cadomblé do Vata


"Permitam-me que desmistifique uma das maiores confusões que grassa pelo Portugal futebolístico ultimamente: a "Cidade Condal" não é Vila do Conde. O SL Benfica vai jogar contra o Fútbol Club Barcelona, não é contra o Rio Ave Futebol Clube. Se o nosso adversário em "profunda crise" vencer o jogo da La Liga que tem em atraso, fica com 1 ponto de vantagem sobre o "pujante" Atletico de Madrid e a 2 da liderança. Em Portugal há quem veja o primeiro mais longe e respira saúde. Portanto meus amigos, na quarta feira precisa-se calminha, humildade e futebol de qualidade."

Benfica Podcast #420 - Double Chuk

Falar Benfica #30

terça-feira, 28 de setembro de 2021

Vitória histórica...

Benfica 33 - 28 Rheim-Neckar
(18-13)

Gigantes, grande exibição, grande vitória... uma das 'maiores' da secção! Estes Alemães são fortíssimos, têm um plantel cheio de jogadores com curriculum, eram provavelmente um dos maiores favoritos à conquista da Taça EHF antes desta eliminatória... Eram de longe a equipa a 'evitar' no sorteio!
E em duas grandes partidas com o Benfica, foram eliminados sem apelo nem agravo, e só não perderam os dois jogos, porque os árbitros na Alemanha, não quiseram!!!

Não é fácil destacar um jogador, pois todos fizeram o seu papel, mesmo assim sem esquecer as bombas do Petar, o Sergey merece ser destacado: uma autêntica parede nestes dois jogos!!!

Agora na fase de grupos da Taça EHF, depois de derrotar um adversário deste nível, mantendo esta atitude e esta qualidade, tudo é possível!

Treino (2)...

Antevisão...

"Pronto, se for preciso"


"O homem que, por três vezes, assumiu inteiramente o cargo de presidente da Direcção do Benfica

António Afonso da Costa e Sousa nasceu em 19 de Maio de 1906 na Quinta da Portucheira, em Torres Vedras. A sua actividade de atleta resumiu-se ao futebol, que praticou na escola. na adolescência foi para um colégio interno, em Lisboa, onde estudou economia, o que lhe possibilitou vir a trabalhar no Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa.
Os estudos não lhe permitiram dedicar-se ao desporto. No entanto, fez-se sócio do Benfica em 1922, onde foi figura de relevo até à sua inesperada morte, em 19 de Novembro de 1958.
A partir de 1937 passou a integrar os órgãos sociais do Clube, desde suplente do Conselho Fiscal a vogal da Direcção, tendo assumido a tesouraria por demissão do efectivo, em 1940.
Em 1944, ocupando o cargo de suplente da Direcção havia três gerências, foi efectivado para a chamada 'Direcção dos Suplentes', quando toda a Direcção foi castigada com uma suspensão de três meses pela Federação Portuguesa de Futebol, devido a um comportamento excessivo do secretário Júlio Ribeiro da Costa, num jogo frente ao Belenenses. Em 26 de Outubro de 1944, Costa e Sousa, como primeiro suplente, foi elevado a presidente interino da Direcção, cargo que assumiu durante o tempo imposto, presidindo a banquetes de homenagem e confraternizações. Foi nesse período que a equipa feminina de Tiro do Clube conquistou o seu primeiro título.
Foi eleito vice-presidente da Direcção nas eleições de 1946, pela primeira lista opositora da história do Benfica. Em 30 de Julho, Costa e Sousa voltou a assumir o cargo de presidente após a demissão de Manuel Conceição Afonso, mantendo-se até Janeiro de 1947. Durante estes seis meses, encabeçou dois momentos importantes para o Clube: a escritura da compra da sede da Avenida Gomes Pereira, me Novembro de 1946, e, no mês seguinte, a inauguração da primeira pista de atletismo do Clube.
Enquanto vice-presidente, assumiu uma terceira vez o cargo mais alto da Direcção durante o mês que decorreu entre a morte do presidente Tamagnini Barbosa e as eleições de Janeiro de 1949. Aí, presidiu a um banquete em honra de Ferreira Bogalho, com quem se envolveu em debates saudáveis ao longo dos anos, nas Assembleias Gerais. Foi a sua última posição nos órgãos sociais do Benfica.
De carácter cauteloso e desembaraçado, seria convidado a integrar uma lista em 1950, tendo afirmado que se encontrava 'pronto se for preciso' para ajudar no desenvolvimento do Clube.
Conheça os nomes que dirigiram o Benfica na área 28 - Homens do Leme, no Museu Benfica - Cosme Damião."

Pedro S. Amorim, in O Benfica

Treino...

Benfica FM #170 - Vitória...

Rodrigo Pinho | A arma secreta de Jesus?


"Proveniente do CS Marítimo, Rodrigo Pinho deu o maior salto da sua carreira e chegou a um grande português após contar com passagens por SC Braga, CD Nacional e, por último, CS Marítimo.
Nas temporadas transatas, Rodrigo Pinho mostrou qualidade para voos maiores e a sua oportunidade acabou por chegar. Mas será que chegou mesmo o tempo do avançado brasileiro?
Pois bem, ainda que apresente qualidade, Rodrigo Pinho não é primeira opção de Jorge Jesus para a frente de ataque encarnada, até porque existem no plantel jogadores bem mais capazes do que Pinho. Ainda assim, o brasileiro nascido na Alemanha é uma boa adição que garante profundidade ao plantel encarnado.
O esquerdino de 30 anos mostra-se mais como uma segunda opção viável, capaz de brilhar em certas situações do jogo e não como um titular indiscutível. Aliás, o próprio deveria saber disso quando assinou pelo SL Benfica. Contudo, creio que haverá espaço, e minutos, para Rodrigo Pinho.
Poderá ser importante para fazer descansar os colegas de posição em jogos de taças e poderá também funcionar quase como que um elemento surpresa quando o jogo estiver “encalhado”.
Possante fisicamente, Rodrigo Pinho é também um avançado bastante móvel, nada normal para as caraterísticas que apresenta. Ainda que seja ponta de lança, tem a capacidade de jogar de costas para a baliza, sabendo temporizar o timing para soltar a bola para os colegas e ainda ser capaz de aparecer em zonas de finalização.
É de pensar que com a sua envergadura, Rodrigo Pinho fosse um homem de área, mas muito pelo contrário. É um avançado rápido e explosivo que sabe explorar bem as costas do adversário, para além de ser muito forte no duelo individual. Não temos aqui o próximo Cristiano Ronaldo, mas temos uma opção bastante viável para render Yaremchuk.
No plantel encarnado encontra a concorrência direta de Darwin Núñez, Haris Seferovic e Gonçalo Ramos, para além do supramencionado, Yaremchuk, o que torna os minutos de jogo ainda mais escassos, até porque Jorge Jesus tem apostado num sistema 3-4-3, sendo Yaremchuk o homem da frente e Rafa Silva e Darwin os jogadores que, não estando na ala, têm mais tendência para pisar esses terrenos.
Nesta temporada, ao serviço das águias, conta com três jogos disputados de águia ao peito, totalizando 82 minutos de utilização e um golo marcado. Quiçá registe números como na temporada passada, que em 21 jogos apontou 15 golos e uma assistência, mas não me parece provável, até porque não tem a mesma preponderância no SL Benfica que tinha no clube insular.
Assim, Rodrigo Pinho terá de lutar por um lugar no onze inicial, mas o que se prevê é que seja um jogador de rotação, tanto para jogos de menor calibre, como para entrar para mexer com o jogo. A qualidade está lá, mas não para ser titular indiscutível no Sport Lisboa e Benfica."

Rescaldo: Guimarães...

Tão verde, tão verde, à beira de cegar



"Ao vê-lo jogar com a camisola do Torino, o presidente do Valência quis saber: ‘Quantos sacos de laranjas querem por ele?’

Se Amesterdão tinha um Ajax, por que diabo não haveria Roterdão de ter um Xerxes? Não vou pôr-me aqui a comparar a popularidade do herói grego, que aliás é uma figura mitológica, o mais belo e perfeito guerreiro que surgiu na Terra depois de Aquiles, com a de Xerxes, filho de Dário, xá dos aqueménidas, continuamente envolvido em guerra contra os gregos, este sim, personagem histórica.
Da mesma forma, comparar a popularidade do Ajax de Amesterdão com a do pequeno Xerxes de Roterdão, seria absurdo. Mas há algo de que os adeptos do Xerxes se orgulham e com toda a razão: ainda antes de o Ajax ter dado ao mundo os nomes de Cruyff, Neeskens, Krol e o diabo a quatro, o Xerxes exibia na sua equipa um tal de Servaas Wilkes, nascido no dia 13 de outubro de 1923, e durante anos a fio considerado a grande estrela do futebol daqueles que nós, por cá, resolvemos de um dia para o outro começar a tratar por Países Baixos quando sempre foram para si próprios os Países Baixos – Netherlands.
Em campo, Wilkes ganhou a alcunha de Faas. Para azar dele, a Holanda (desculpem lá a informalidade) do seu tempo não era lá das tais coisas. Uma renitência excessiva em entrar pelo caminho do profissionalismo manteve o futebol da região num atraso considerável em relação ao resto da Europa central e, para não ir mais longe, em relação aos vizinhos belgas, por exemplo.
Era um tipo grande, com mais de um metro e noventa, jogava a avançado centro, e às vezes parecia um tudo nada trapalhão até na forma como ia fazendo as bolas entrarem dentro das balizas em quantidades industriais. Ninguém ficou muito espantado quando, em 1949, se tornou no quarto jogador holandês a transferir-se para o estrangeiro. Foi para Milão, para o Inter, onde jogou três anos e continuou a marcar golos.
O meu querido Carlos Mendes é um amigo muito especial, mas vendo bem todos os meus amigos são especiais, sorte a minha. No fundo, há uma velha verdade que diz: cada um de nós é para cada um dos outros cada um de si. Agora que o sol estala na minha varanda de Alcácer, depois da tempestade ter assombrado a madrugada, lembro-me dele aqui sentado, de viola na mão, dedilhando cordas sobre o Sado.
Ele que cantou:
«Em Alcácer eram verdes as aves do pensamento
Eram tão leves tão leves como as lanternas do vento
Em Alcácer eram verdes os cavalos encarnados
Eram tão fortes tão negros como os punhos decepados».
Era de outra Alcácer que falava Joaquim Pessoa, que escreveu a letra, mas as aves do pensamento sempre transportaram consigo aquele homem muito grande que todos conheciam pelo pequeno nome de Faas.
«Em Alcácer eram verdes os homens que não voltaram
Eram tão verdes tão verdes como os campos que deixaram...».
Em Turim, em 1952, ainda se choravam os homens que não voltaram da tragédia de Superga que destruiu a totalidade de uma das melhores equipas da história. Na vontade extrema de recuperar da morte, os dirigentes do clube procuravam contratar estrelas que brilhassem por entre tal escuridão. Faas foi uma delas. Esteve lá um ano e foi um fracasso.
Não havia avançado que pudesse fazer esquecer Mazzola, muito menos um holandês corpulento que não sabia da arte requintada do drible e apenas da matemática dos golos. Só marcou um pelo Torino mas, numa viagem a Valência, caiu no goto dos valencianos: o presidente do Valência perguntou, candidamente – «Quantos sacos de laranja querem por aquele avançado grandalhão?».
Em Valência, Faas Wilkes recuperou a alegria, fazendo parelha no ataque com um espanhol chamado Manuel Mestre Torres que, quando o viu jogar pela primeira vez, exclamou: «Joder! Eres el único jugador del mundo capaz de hacer una pared consigo mismo». Faas fez tabelinhas consigo mesmo, mas sobretudo com Mestre. A populaça adorava-o. Diziam aos quatro ventos: «Se o Real tem Di Stáfano e o Barcelona tem Kubala, nós temos Faas Wilkes».
O falso trapalhão, que tirava adversários da frente com movimentos que pareciam involuntários, viveu quatro anos de felicidade plena. Aos 33 anos regressou à Holanda, para jogar no VVV, mas dois anos mais tarde estava no Levante.
Queria jogar, jogar sempre, se possível até ao dia de morrer em campo, de velhice. Em 1964, com a camisola do Xerxes, disse finalmente adeus à verdura dos relvados. Salvaas Wilkes fora uma espécie de poeta da grande área, o homem que completava o soneto do golo. À sua volta a relva era tão verde, tão verde, quase à beira de cegar..."

Fazer de Portugal uma verdadeira nação desportiva


"Nos últimos anos, o desenvolvimento da atividade física e desportiva ao longo da vida tem sido objeto de diversos relatórios, com origens diversas, e com mais ou menos qualidade. A prática desportiva é uma ferramenta de emancipação e de aprendizagem. Não é um setor que se deva colocar num qualquer canto, esquecido. O desporto faz sonhar a nossa juventude e faz com que alguém encontre o seu lugar na vida ou, como diria o sociólogo Pierre Bourdieu, nesta «miséria do mundo».
As escolas e os clubes desportivos deveriam irrigar mais desporto nas nossas aldeias, vilas e cidades, por forma a que ele assuma um lugar essencial no projeto global de sociedade. É preciso criar condições para se oferecer uma prática desportiva para todos e por todo o lado. Só nestas condições é que ela será integrada no modo de vida de todos, constituindo progressivamente um verdadeiro facto cultural. Esta ambição supõe mudar de paradigma, é claro, posicionando verdadeiramente a atividade física e desportiva para todos, em todo o território e ao longo da vida, no coração da nossa cultura, da nossa educação e na vida quotidiana de todos os portugueses.
Se a pertinência é atestada por vários estudos realizados sobre a prática desportiva, em todos os domínios, é necessário uma mudança profunda sobre como se olha para o fenómeno, uma mudança cultural que exige ambição, tenacidade e mobilização de todos os atores. Mas constatamos que a situação atual está muito afastada desta visão. Temos que reconhecer que, objetivamente, a prática desportiva é muitas vezes percebida como acessória e não como elemento central da nossa cultura e das nossas políticas públicas.
Se o objetivo é desenvolver a atividade física e desportiva, chegando ao maior número de pessoas, temos que ter em conta a progressão das práticas livres e não enquadradas, o que supõe uma evolução profunda da oferta tradicional. Não poderá haver uma estratégia ambiciosa em matéria de desenvolvimento de atividades físicas e desportivas se não se dispõe de instalações suficientes, adaptadas, abertas e repartidas, de tal forma que sejam acessíveis a toda a população e em todo o território. Tem que existir uma competência partilhada e não chefes de fila. Contrariamente a outros países, o Estado português não tem uma estratégia nacional global sobre a atividade física e desportiva."

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Lixívia 7


Tabela Anti-Lixívia
Benfica.............21 (0) = 21
Sporting...........17 (+1) = 16
Corruptos.......17 (+5) = 12

Mais uma jornada, sem Casos nas primeiras páginas dos pasquins, mas como algumas curiosidades!!!

No Alvalixo, mais um penalty salvador, mesmo a acabar a partida... o penalty existe, mas nunca seria tão consensual, se por acaso, fosse a favor do Benfica!!!

Logo a seguir, em Barcelos, o Soares Dias precisou do VAR para marcar um penalty descarado contra os Corruptos... Mas mesmo assim, conseguiu deixar a sua 'marca' na partida!
Praticamente ninguém reparou, na descomunicação social desportiva, ninguém reparou mesmo:
- no lance que dá a vitória aos Corruptos, mesmo a terminar o jogo, a falta existe! Só a favor dos Corruptos seria assinalada, mas existe... a meio-campo é daquelas faltas 'normais', junto das áreas, em momentos decisivos, só quando é conveniente!!! Mas o 'arte' do corrupto, esteve na forma como permitiu ao jogador dos Corruptos, marcar a falta onde lhe era mais favorável!!!
Se repararem a falta é cometida, perto do bico da área do Gil, a um metro da linha da grande área; mas falta é assinalada na zona central a cerca de 8 metros da área!!! A distância, onde a falta é cometida, e onde o livre foi marcado, é superior a 10 metros! Se a falta tivesse sido marcada no local exacto, a barreira do Gil estaria em cima, ou perto, da linha da pequena área... além do ângulo ser muito mais apertado, assim, um bocadinho mais atrás deu para a bola passar por cima da barreira e baixar...!!!
Estas 'liberdades', em Portugal, só beneficiam um único Clube... nem a Lagartada, tem destas!!!

Em Guimarães, o Benfica ganhou... e portanto não se queixou, o que é um tremendo erro!
O lance para mim, mais importante é o penalty sobre o Darwin! E podem acusar do Uruguaio de ter tosco, e outras coisas, mas quando ele tenta mudar de direcção, o defesa mete os dois braços, no peito do Darwin, a meio-campo seria falta descarada e ninguém protestaria... Dentro da área, a 'favor' do Benfica, nem sequer é discutido!!!
Mas a 'marca' do Godinho ficou espalhada por outras jogadas: logo nos primeiros segundos da partida, o João Mário é empurrado à entrada da área do Guimarães, levanta-se, luta pela bola, e faz falta, o que é imediatamente assinalada contra o Benfica... mas o empurrão sobre o nosso jogador nada!!! Seria um livre perigoso a favor do Benfica... 'mais' falta do que a assinalada a favor dos Corruptos em Barcelos!!!
Mas além dos penalty's não assinalados a favor do Benfica, muitas pessoas esquecem-se que o Benfica tem jogos inteiros, consecutivos, sem beneficiar de um livre directo, em zona frontal perigosa, ao jeito dos nossos marcadores, principalmente o Grimaldo... São jornadas e jornadas, sem um único livre frontal!!!
Dou um exemplo: à cerca de um ano, na derrota no Bessa, ainda com 0-0 creio, o Darwin, marcou um livre directo, descaído para a esquerda, com muito perigo! Na altura fiquei convencido que o Darwin seria um bom marcador de livres, com o pé direito! Pois bem, até agora, nunca mais teve a oportunidade de tentar de novo...!!! Simplesmente, este tipo de livres não são assinalados a favor do Benfica...
Outro 'semi-caso': em todos os resumos, em todas as televisões, aparece a jogada que o Veríssimo teve uma 'branca' e o Vertonghen recupera, e tira a bola ao Edwards! Nestes resumos, ninguém refere que no final do lance foi assinalado fora-de-jogo (seria sempre fora-de-jogo ou falta sobre o Veríssimo...)!
São lances atrás de lances com critérios completamente diferentes...

Uma nota final para os cumentadeiros no final da partida! Desta vez, fiz um zapping semi-rápido pelas televisões, no pós-jogo: os temas de discussão em todas, eram: os erros do Guimarães; e as discussões do Darwin e do Veríssimo!!! A sétima vitória consecutiva do Benfica, passou completamente ao lado da discussão... Méritos do Benfica, praticamente zero...
Por um lado, é bom que assim seja... Noutras ocasiões, os jogadores do Benfica, quando são elogiados prematuramente, facilitam e às vezes acabamos por perder pontos importantes (veja-se o Benfica - Gil Vicente da época anterior), é bom que a equipa técnica, mantenha a cabeça dos jogadores no sítio, e se for preciso utilize a forma como o momento de forma do Benfica está a ser desvalorizado pelos 'expert's' para manter o equipa concentrada naquilo que é mais importante!!!

Anexos (I):
Benfica
1.ª-Moreirense(f), V(1-2), V. Ferreira(Godinho), Prejudicados, Sem influência
2.ª-Arouca(c), V(2-0), Mota(Malheiro), Prejudicados, (3-0), Sem influência
3.ª-Gil Vicente(f), V(0-2), Almeida(Nobre), Prejudicados, (0-3), Sem influência
4.ª-Tondela(c), V(2-1), Martins(Hugo), Prejudicados, (4-1), Sem influência
5.ª-Santa Clara(f), V(0-5), Rui Costa(Soares Dias), Beneficiados, (1-5), Impossível contabilizar
6.ª-Boavista(c), V(3-1), Hugo(Vasco Santos), Prejudicados, Beneficiados, (3-2), Impossível contabilizar
7.ª-Guimarães(f), V(1-3), Godinho(Narciso), Prejudicados, (1-4), Sem influência

Sporting
1.ª-Vizela(c), V(3-0), Nobre(Almeida), Beneficiados, Sem influência
2.ª-Braga(f), V(1-2), Godinho(Hugo), Nada a assinalar
3.ª-B Sad(c), V(2-0), M. Oliveira(V. Santos), Nada a assinalar
4.ª-Famalicão(f), E(1-1), Veríssimo(Godinho), Beneficiados, (1-0), (+1 ponto)
5.ª-Corruptos(c), E(1-1), Almeida(Pinheiro), Prejudicados, Beneficiados, (3-1), (-2 pontos)
6.ª-Estoril(f), V(0-1), Martins(Esteves), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
7.ª-Marítimo(c), V(1-0), Pinheiro(Hugo), Nada a assinalar

Corruptos
1.ª-B Sad(c), V(2-0), Correia(Mota), Nada a assinalar
2ª-Famalicão(f), V(1-2), Almeida(Narciso), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
3.ª-Marítimo(f), E(1-1), Pinheiro(Rui Costa), Nada a assinalar
4.ª-Arouca(c), V(3-0), Malheiro(L. Ferreira), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar
5.ª-Sporting(f), E(1-1), Almeida(Pinheiro), Beneficiados, Prejudicados, (3-1), (+1 ponto)
6.ª-Moreirense(c), V(5-0), Nobre(L. Ferreira), Beneficiados, Prejudicados, (6-1), Impossível contabilizar
7.ª-Gil Vicente(f), (V1-2), Soares Dias(Malheiro), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)

Anexos (II):
Com influência (árbitros ou Var's):
Benfica
(...)

Sporting
Martins - +2
Esteves - +2
Veríssimo - +1
Godinho - +1
Almeida - -2
Pinheiro - -2

Corruptos
Almeida - +3
Narciso - +2
Soares Dias - +2
Malheiro - +2
Pinheiro - +1

Anexos(III):
Árbitros:
Benfica
V. Ferreira - 1
Mota - 1
Almeida - 1
Martins - 1
Rui Costa - 1
Hugo - 1
Godinho - 1

Sporting
Nobre - 1
Godinho - 1
M. Oliveira - 1
Veríssimo - 1
Almeida - 1
Martins - 1
Pinheiro - 1

Corruptos
Almeida - 2
Correia - 1
Pinheiro - 1
Malheiro - 1
Nobre - 1
Soares Dias - 1

VAR's:
Benfica
Godinho - 1
Malheiro - 1
Nobre - 1
Hugo - 1
Soares Dias - 1
V. Santos - 1
Narciso - 1

Sporting
Hugo - 2
Almeida - 1
V. Santos - 1
Godinho - 1
Pinheiro - 1
Esteves - 1

Corruptos
L. Ferreira - 2
Mota - 1
Narciso - 1
Rui Costa - 1
Pinheiro - 1
Malheiro - 1

Jogos Fora de Casa (árbitros + VAR's)
Benfica
Godinho - 1 + 1 = 2
V. Ferreira - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 1 + 0 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1
Soares Dias - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1

Sporting
Godinho - 1 + 1 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Martins - 1 + 0 = 1
Hugo - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1

Corruptos
Almeida - 2 + 0 = 2
Pinheiro - 1 + 1 = 2
Soares Dias - 1 + 0 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1
Malheiro - 0 + 1 = 1

Totais (árbitros + VAR's):
Benfica
Hugo - 1 + 1 = 2
Godinho - 1 + 1 = 2
V. Ferreira - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
Martins - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 1 + 0 = 1
Malheiro - 0 + 1 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1
Soares Dias - 0 + 1 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1

Sporting
Godinho - 1 + 1 = 2
Almeida - 1 + 1 = 2
Pinheiro - 1 + 1 = 2
Hugo - 0 + 2 = 2
Nobre - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Martins - 1 + 0 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1

Corruptos
Almeida - 2 + 0 = 2
Pinheiro - 1 + 1 = 2
Malheiro - 1 + 1 = 2
L. Ferreira - 0 + 2 = 2
Correia - 1 + 0 = 1
Nobre - 1 + 0 = 1
Soares Dias - 1 + 0 = 1
Mota - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1

Anexos(IV):
Jornadas anteriores:

Anexos(V):
Épocas anteriores: