"Proveniente do CS Marítimo, Rodrigo Pinho deu o maior salto da sua carreira e chegou a um grande português após contar com passagens por SC Braga, CD Nacional e, por último, CS Marítimo.
Nas temporadas transatas, Rodrigo Pinho mostrou qualidade para voos maiores e a sua oportunidade acabou por chegar. Mas será que chegou mesmo o tempo do avançado brasileiro?
Pois bem, ainda que apresente qualidade, Rodrigo Pinho não é primeira opção de Jorge Jesus para a frente de ataque encarnada, até porque existem no plantel jogadores bem mais capazes do que Pinho. Ainda assim, o brasileiro nascido na Alemanha é uma boa adição que garante profundidade ao plantel encarnado.
O esquerdino de 30 anos mostra-se mais como uma segunda opção viável, capaz de brilhar em certas situações do jogo e não como um titular indiscutível. Aliás, o próprio deveria saber disso quando assinou pelo SL Benfica. Contudo, creio que haverá espaço, e minutos, para Rodrigo Pinho.
Poderá ser importante para fazer descansar os colegas de posição em jogos de taças e poderá também funcionar quase como que um elemento surpresa quando o jogo estiver “encalhado”.
Possante fisicamente, Rodrigo Pinho é também um avançado bastante móvel, nada normal para as caraterísticas que apresenta. Ainda que seja ponta de lança, tem a capacidade de jogar de costas para a baliza, sabendo temporizar o timing para soltar a bola para os colegas e ainda ser capaz de aparecer em zonas de finalização.
É de pensar que com a sua envergadura, Rodrigo Pinho fosse um homem de área, mas muito pelo contrário. É um avançado rápido e explosivo que sabe explorar bem as costas do adversário, para além de ser muito forte no duelo individual. Não temos aqui o próximo Cristiano Ronaldo, mas temos uma opção bastante viável para render Yaremchuk.
No plantel encarnado encontra a concorrência direta de Darwin Núñez, Haris Seferovic e Gonçalo Ramos, para além do supramencionado, Yaremchuk, o que torna os minutos de jogo ainda mais escassos, até porque Jorge Jesus tem apostado num sistema 3-4-3, sendo Yaremchuk o homem da frente e Rafa Silva e Darwin os jogadores que, não estando na ala, têm mais tendência para pisar esses terrenos.
Nesta temporada, ao serviço das águias, conta com três jogos disputados de águia ao peito, totalizando 82 minutos de utilização e um golo marcado. Quiçá registe números como na temporada passada, que em 21 jogos apontou 15 golos e uma assistência, mas não me parece provável, até porque não tem a mesma preponderância no SL Benfica que tinha no clube insular.
Assim, Rodrigo Pinho terá de lutar por um lugar no onze inicial, mas o que se prevê é que seja um jogador de rotação, tanto para jogos de menor calibre, como para entrar para mexer com o jogo. A qualidade está lá, mas não para ser titular indiscutível no Sport Lisboa e Benfica."
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