"Os Jogos Olímpicos são um dos eventos que mais me apaixonam desde sempre. A prata de Obikwelu em Atenas 2004, quando descobrimos que nem todas as recordações gregas seriam sinónimo de infelicidade naquele ano. O ouro de Nélson Évora em Pequim 2008, numa altura em que o monstro do triplo salto ainda tinha um gosto para os equipamentos que vestia durante o ano muito aprumado. A prata de Emanuel Silva e Fernando Pimenta em Londres 2012, quando o orgulho em ser português se alargou ao orgulho em ser de Braga. O bronze de Telma Monteiro no Rio 2016, onde a judoca provou ao mundo que a Padeira de Aljubarrota não era a única mulher portuguesa a saber lutar.
Tóquio 2020 tem sido muito interessante, sobretudo porque às 3h da manhã habitualmente estou a dormir profundamente. No entanto, se estamos a falar dos Jogos Olímpicos, então eu quero assistir às provas de atletismo, à ginástica artística e ao jogo do sério. É possível que durante o dia entre em modo zombie, mas pelo menos não corro o risco de perder momentos históricos em directo. Por enquanto, as histórias portuguesas lá pelo Japão não têm sido muito animadoras, o que significa que o carinho pelos nipónicos que o Doraemon despertou em mim ao longo da minha infância está neste momento em cheque. Estamos todos a torcer por medalhas até porque o Governo bem precisa de que alguém traga ouro para Portugal a ver se isto dá para baixar o imposto dos combustíveis. Apesar das excelentes prestações portuguesas até agora, ainda não foi possível chegar ao pódio. Não conheço o plano de nutrição dos atletas, mas pareceu-me que está na altura de incluir Dorayakis."
Pedro Soares, in O Benfica
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