"Hoje raro, ainda é uma das mais belas paixões que se podem contemplar. O amor à camisola. Foi este afecto, único e incondicional, que se alastrou dos campos de futebol para as bancadas e construiu desde os primórdios da modalidade uma relação tão intensa entre adeptos, clube e jogadores. Para lá dos golos, triunfos e títulos, não sou capaz de encontrar nada que se equipare à satisfação de ver alguém a vestir a mesma camisola anos a fio. Esta fidelidade é sinónimo de respeito se o atleta em questão for do Benfica ou de um adversário qualquer. Seja o Luisão ou o Vìtor Baía.
Nesta semana, o jornalista Ricardo Soares, profissional fantástico da BTV, levou para o ar uma reportagem construída com a elevada categoria a que já nos habituou em trabalhos desta natureza. O título da peça, onde são enaltecidos profissionais que, dentro do balneário, tanto contribuem para o sucesso do Benfica, não poderia ter sido melhor: Amor à Camisola. Se o Benfica é o Glorioso, então faz todo o sentido glorificar quem acrescenta valor ao clube. Quem cortou as unhas dos pés ao Rui Costa, ao Nuno Gomes e ao Cardozo já teve nas mãos unhas mais valiosas do que o ouro que a minha mãe tem em casa.
Eu dei por mim a reflectir e até me senti mal. Festejei imensos golos do Simão, porém nunca parei para pensar que sem os pitons bem alinhados ele podia ter escorregado antes daquele remate em Liverpool. Se as meias estivessem muito apertadas nos gémeos do Jonas no Bessa, aos 94 minutos talvez o sangue já não circulasse como deve ser até à perna esquerda. Sejamos gratos a esta malta que, mesmo fora do relvado, tem responsabilidade. Por isso, a cada um dos técnicos de equipamento, o meu sincero obrigado."
Pedro Soares, in O Benfica
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