"A imprensa desportiva divulgou que Luís Filipe Vieira deu uma forte reprimenda à equipa depois do empate com o Tondela. No final do jogo, no meio da frustração, apenas me valeu o alívio de não ter de ser eu a dirigir-me aos jogadores e ao treinador naquele momento. Gosto demasiado daquela gente para me dirigir a eles no mesmo tom com que me dirijo aos adversários que me derrotam em duelos online no FIFA - felizmente é raríssimo. O resultado é inadmissível, e a reacção do presidente, naturalmente impulsiva, deixou-me dividido. Por um lado, a vontade de atirar os jogadores, o treinador e a minha mãe, que me queira obrigar a ter apetite para jantar, a um lago cheio de crocodilos era grande; por outro, fiquei convencido com o empenho e a vontade de ganhar de todos. É doloroso sermos repreendidos quando nos aplicamos ao máximo, porém devemos assumir a responsabilidade nos momentos em que ficamos aquém do exigido.
Por vezes, as emoções baralham-nos o discernimento, mas é inaceitável quando o comportamento ultrapassa certos limites. A resposta daqueles adeptos que apedrejaram o autocarro e pintaram em tom ameaçador a casa de alguns jogadores e de Bruno Lage está longe, muito longe, de representar o que é o Benfica. Esses deveriam colocar ao pescoço um cachecol do Sporting e pintar antes as cadeiras de Alvalade para ajudar o clube a poupar algum dinheiro. Se queremos de volta o Pizzi que enche o campo, o Rafa que viaja com a bola à velocidade da luz e o Grimaldo que chega até ao outro lado do campo em tabelinhas imparáveis, então temos de transmitir confiança a esta malta, que fez 18 vitórias nas primeiras 19 jornadas. Vamos, craques!"
Pedro Soares, in O Benfica
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