Últimas indefectivações

domingo, 1 de dezembro de 2019

O Polvo...

"Só há três coisas certas na vida: a morte, os impostos e o FC Porto ser beneficiado.
Sempre que um dirigente portista tem posição de destaque em alguma federação desportiva, o desporto nacional definha.
É de conhecimento público que Ilídio Pinto, ex-vice-presidente com o pelouro do hóquei em patins do FC Porto, controlava a seu bel-prazer todos os organismos nacionais que regulam a modalidade, incluindo a Associação Nacional de Árbitros de Hóquei em Patins (ANAHP). Era ele quem nomeava os árbitros para os jogos do FC Porto e, quando a partida não estava a decorrer como tinha idealizado, no intervalo não se coibia de os pressionar. O poder inquestionável e indesmentível da história assim o confirma.
Desde há muitos anos, o SL Benfica tem sido, de forma sistemática e reiterada, alvo de atitude persecutória por parte da Federação de Patinagem de Portugal (FPP) e da Associação Nacional de Árbitros de Hóquei em Patins (ANAHP). Muitos têm sido os comunicados e newsletters a dar conta disso mesmo. Alguns exemplos:
• Fevereiro 2014
«O Sport Lisboa e Benfica [...] não pode é permitir que se repitam situações como as que todos tivemos oportunidade de assistir no último jogo entre o AD Valongo e o Sport Lisboa e Benfica. Se a Federação de Patinagem de Portugal e demais órgãos que dela emanam continuarem a ignorar as graves situações que têm acontecido ao nível da segurança e da arbitragem no Hóquei em Patins, o Sport Lisboa e Benfica sentir-se-á no direito de, em conjunto com os seus associados, avaliar se faz sentido continuar a promover esta modalidade ou se efectivamente a luta pela verdade desportiva coloca o Clube "a mais" no hóquei nacional.»
• Junho, 2017
«Escândalo total no hóquei. A maior vergonha de sempre. Golo validado a 40 segundos do fim e depois anulado ao Benfica dá o título ao FC Porto. Os comentadores da TVI24 diziam que era inexplicável, nunca viram nada assim. É o título da vergonha. Incrível o roubo que dá o título ao FC Porto e tira ao Benfica.» Os árbitros deste jogo foram premiados pelo seu desempenho com a participação no Campeonato Mundial em Nanquim, na China. O responsável maior por esta decisão tem um nome, Fernando Graça, adepto ferrenho do FC Porto que, à data, era presidente do CERH (organismo responsável pelo Hóquei europeu). Acreditam em coincidências? Qual a explicação para nomearem um árbitro que só não desceu de divisão porque houve uma desistência e outro que estava no oitavo lugar da classificação?
• Março, 2018
«Mais uma página negra no hóquei em patins. Em Valongo, a famosa dupla que o ano passado tirou o título ao Benfica voltou hoje a estar em destaque numa arbitragem de total despudor. A dupla liderada por Joaquim Pinto entra na história desta modalidade pela total ausência de vergonha na forma como prejudicam intencionalmente o Benfica. Um escândalo e uma vergonha.»
• Novembro, 2019
«São erros atrás de erros no decurso da presente época, o que já tinha inclusivamente levado outros clubes a manifestarem o seu descontentamento na Comunicação Social.
Com tantos anos a apitar, os árbitros não mostram sinais de evolução ao longo dos últimos anos, continuam a cometer erros que influenciam os resultados, dando a ideia de que não aproveitam esses lances para analisar o que têm de melhorar.»
O Hóquei em Patins é, há muito, a modalidade de pavilhão menos credível em Portugal. São décadas repletas de escândalos, desonestidades, aldrabices e atropelos à verdade desportiva que marcam de modo indelével a história recente deste desporto. Os beneficiados são sempre os mesmos, os prejudicados também.
Infelizmente, a incompetência dos árbitros não justifica tudo. As declarações de Carlos Martins, jogador que passou pelo FC Porto, são taxativas: «Já se sabia quem era o árbitro e era campeão nacional antes dos jogos. Os árbitros diziam-me mesmo ‘olhas, atiras-te para o chão e é penálti’. Já entrávamos a ganhar, até na moeda ao ar.»
Ao SL Benfica restam duas hipóteses:
1. Acabar com a modalidade – que, sabemos, está a ser equacionado pela direcção do Clube - levando a uma morte lenta da modalidade e, consequentemente, de quem dirige a FPP.
2. Cerrar fileiras, investir fortemente na sua equipa e, paralelamente, tentar que as ervas daninhas que resistem (e proliferam) sejam terminantemente eliminadas de modo a que se possa restituir a credibilidade da modalidade. No fundo, refundar o Hóquei português.
Algo tem de ser feito. Já. O tempo dos comunicados e palavras inócuas tem de acabar. Não é a primeira vez que paira no ar a ideia de desistir do Hóquei, no entanto, essa atitude será encarada com júbilo pelos rivais, como se de um título se tratasse, à semelhança do que aconteceu aquando da falta de comparência na Taça de Portugal, em 2017. Que resultados trouxe essa medida? Para alguém do regozijo de certas estruturas directivas: zero! É tempo de agir, não de fugir, tendo em mente que o ideal é o SL Benfica ser ecléctico e campeão em tudo, sobretudo numa modalidade centenária no Clube - desde 1916.
Atente-se que o acolhimento da modalidade no Sport Lisboa e Benfica é anterior à criação da Liga Portuguesa de Hóquei, em 1922, que antecedeu, no nome, a Federação Portuguesa de Hóquei e, posteriormente, a Federação Portuguesa de Patinagem, entidade que tem estatuto de utilidade pública.
As responsabilidades públicas da FPP não se dissociam da responsabilidade pelas acções ou omissões dos titulares dos seus órgãos, trabalhadores, representantes legais ou auxiliares, nomeadamente pelos prejuízos causados pelo incumprimento dos seus deveres legais ou estatutários, além da responsabilidade disciplinar ou penal que no caso couber (artigo 7.º do Decreto -Lei n.º 248 -B/2008, de 31 de Dezembro).
Existindo um quadro legal orientado para prevenir o incumprimento dos representantes da FPP relativamente aos seus deveres legais e estatutários é esse instrumento que tem de ser accionado até às últimas consequências, em vez de atirar o stique ao chão. Existindo reiteradas queixas devem as mesmas ser compiladas, analisadas e expostas para salvaguardar os interesses do Benfica. Mas de modo eficaz!
É o dever moral e estatutário que o Sport Lisboa e Benfica tem perante os ex e actuais atletas, sócios e adeptos da modalidade, para que os grandes feitos alcançados pelo hóquei do Benfica não se diluam na irresponsabilidade de uns quantos fanáticos prevaricadores ou incapacidade de quem tem que fazer tudo, e ainda não fez, para elevar o nome do Benfica acima de todas as injustiças.
Pelo Hóquei, por Portugal, pelo Benfica, pelos Benfiquistas!"

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