"Não é preciso ir muito longe para vermos um clube de pantanas. Basta atravessar a 2.ª Circular.
As razões para o momento por que passa o nosso vizinho e rival são muitas, e não nos dizem respeito. Mas temos o dever de aprender com o que vemos, e um dos dados a reter é o poder desmesurado que alguns presidentes do Sporting (e não apenas um) conferiram a uma pequena facção radical com mais músculo do que cérebro.
Tenho para mim que as claques são o grande cancro do clube de Alvalade.
Enchem e desestabilizam assembleias-gerais, invadem centros de estágio, impedem treinadores de tornar posse, agridem membros de órgãos sociais, enfim, destroem o clube em razão dos privilégios de que se julgam credores - os quais vão muito para além daquilo que é a pura paixão clubista.
Na nossa casa também existe uma pequena minoria barulhenta, que se faz notar em assembleias-gerais e, sobretudo, no espaço virtual - sendo que aí a mensagem surge amplificada pela utilização de perfis falsos e multiplicados sabe-se lá por quem. Julgam-se donos do Benfica e mais benfiquistas do que os outros, ignorando que o clube é composto por cerca de 230 mil sócios espalhados pelo país pelo mundo, e não por 30 ou 40 jovens imaturos dos arredores de Lisboa.
Até agora, as vitórias e os títulos têm ajudado a conter essas movimentações autodestrutivas. Devemos, porém, estar preparados para o dia em que, por qualquer motivo, dentro de campo a bola bater na trave. Caberá então à imensa maioria dos sócios do Benfica, com maturidade, memória e gratidão, defender o Clube dos maus caminhos que outros tão bem exemplificam."
Luís Fialho, in O Benfica
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