"A melhor notícia da ronda europeia foi o salto dado por Portugal, no ranking da UEFA, aumentando para mais de um ponto a vantagem sobre a Rússia. Assim, fica mais perto a possibilidade de engrossarmos a contingente na Champions e na Liga Europa, o que representa abrir a válvula da pressão no topo da tabela. Esta boa nova deve ser, porém, complementada com o aprofundamento das conversas quanto à centralização dos direitos televisivos, meio de criar condições para que haja um melhor nível médio no nosso futebol. Porque, apesar dos sucessos de SC Braga (que grande campanha!), Benfica e Sporting (o FC Porto empatou um jogo que podia ter caído para qualquer dos lados e o V. Guimarães não merecia a crueldade por que passou no Emirates), ficou à vista a dificuldade dos nossos clubes em aguentar a intensidade de jogo dos opositores. E isso é algo que se consegue tão mais facilmente, quanto se tenha um bom nível na competitividade interna.
Por razões por demais conhecidas, o jogo de Alvalade concitava atenções generalizadas pelo que podia acontecer dentro e fora do campo. Mais uma vez ficou provado o poder do resultado no futebol. Apesar de ter realizado uma exibição sofrível frente a uma equipa medíocre, o Sporting ganhou e esse facto apaziguou uns e dissuadiu outros, contribuindo para mais uns dias de acalmia no reino do leão. Segue-se o V. Guimarães, e depois o Paços de Ferreira, episódios de uma guerra de nervos em que ninguém quer fazer prisioneiros. Frederico Varandas saiu vencedor do primeiro round, mas a volatilidade do futebol deve impedi-lo de cantar vitória. E permanecer atento..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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