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quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Pressão alta amarrou a águia

"Natural superioridade do Leipzig é o reflexo de jogar num campeonato mais competitivo

Ponto prévio. Após as eliminatórias para fase de grupos das provas da UEFA, múltiplas vozes manifestaram regozijo pelo pleno da participação da equipa portuguesas, quanto na Liga Europa e uma na Champions. Da perspectiva quantitativa, não há dúvida que tal constitui momento positivo. Nesta edição da Liga Europa competirão nomes altamente prestigiados, o que dá à prova interessante dimensão. Ainda assim, é genericamente aceite que a mesma, por motivos vários se traduz num desafio de segunda linha. De um ano para o seguinte, Portugal vê na Champions a representação reduzida de três para um só clube. Motivos há para desejar que o Benfica tenha competência e felicidade necessárias a bom desempenho que dignifique e prestigie o futebol português.

Alterações
1. Sem que tal alterasse o modelo táctico do Benfica, desenhado em 4x4x2, razões haverá, umas objectivas, outras nem tanto, que levaram a um conjunto relativamente alargado de alterações ao onze inicial regularmente mais utilizado pelo Benfica neste arranque na Champions.

Dificuldades
2. Ao contrário do que costuma encontrar no campeonato - blocos baixos e facilidades na primeira fase de construção -, o Benfica viu-se pressionado de forma eficaz sempre que recuperou a bola, o que reduziu a sua capacidade ao ponto de só conseguir uma situação de finalização, a terminar a primeira parte.

Superioridade
3. Os movimentos para o interior dos alas do Leipzig criavam superioridade numérica a meio-campo, facilitando o jogo ofensivo alemão, as situações perigosas iam-se sucedendo e o golo aconteceu de forma inevitável.

Águia reage
4. O Benfica tinha procurado, com uma alteração táctica, lançando David Tavares e reposicionando-se em 4x3x3, reequilibrar o sector intermediário, mas quase em simultâneo sofreu o golo, que perturbou. Após sofrer o 0-2 foi obrigado a retrocesso táctico e retomou o 4x4x2 (trocas de Pizzi e Cervi por Seferovic e Rafa) e conseguiu reduzir a desvantagem.

Outra realidade
5. A natural superioridade do Leipzig é o reflexo de militar num campeonato incomparavelmente mais competitivo, os alemães foram melhores em todos os momentos do jogo e justos vencedores, apesar da digna resposta benfiquista. Última nota para a estreia do lateral-direito Tomás Tavares, muito bem nas tarefas defensivas, a deixar antever excelente futuro."

Manuel Machado, in A Bola

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