"De todos os países do mundo, o Japão é aquele onde o civismo, a educação e o respeito pelo próximo são mais levados em conta. É uma sociedade curiosa aquela, uma mistura de inocência infantil com um orgulho profissional que assusta. Uma dedicação que trouxe um país destruído na década de 1940 a tornar-se uma supereconomia menos de quarenta anos depois.
Há regras básicas para quem visita o país ou convive com os seus cidadãos. Respeitá-las é apenas um sinal de educação e de humanismo. Por exemplo, quando se conhece alguém e se trocam cartões de visita, os mesmos devem ser passados ao interlocutor com ambas as mãos. É uma prática comum em quase toda a Ásia.
A vénia é outro dos exemplos de comportamentos nipónicos que convém realçar. E esta está bem ligada à história do SL Benfica. Foi em 1970, após a digressão do clube a Macau, Coreia do Sul e Japão, que os jogadores iniciaram esta tradição de cumprimentar respeitosamente os adeptos presentes no estádio, prática que ainda hoje se mantém.
São muitos os exemplos de diferenças culturais entre dois países com tanto em comum. Afinal, os portugueses chegaram ao Japão em 1543 e lá deixaram influências na língua, alimentação, vestuário, indústria, pintura, armamento e por aí além. Um dos grandes comportamentos que nos separam é o tom de voz usado numa discussão. Gritar com um japonês (e com grande parte dos povos asiáticos) é um claro sinal de má-educação, de desrespeito, de humilhação do outro. E se for em público, perante os seus colegas de profissão ou família, ainda maior é o ultraje. Nakajima até pode ser um jogador de baixa estatura, mas não foi ele quem saiu pequenino do relvado de Portimão."
Ricardo Santos, in O Benfica
Ricardo Santos , partilho da tua opinião quanto ao "ultraje" que Nakajima passou devido ás cavalgadurices de s.conceição , "expert" nessa matéria. Já não estou de acordo com o retrato "côr de rosa" ou simplesmente "bucólico" do povo Japonês. Aconselho-te a ler o que foi escrito sobre a Guerre da Manchúria , contra os Chineses , e sobre a Guerra no Pacífico...e sobre a opinião que o povo Japonês tem e teve sobre quem não é Japonês. A Emigração no Japão também não é lá muito bem tratada. Quanto ao período após a deflagração das bombas atómicas em Hiroshima e Nagasaki, foi crucial a ajuda dos USA , a cargo do ambicioso General Marshall que muito contribui para a recuperação económica do Japão . Essa recuperação era necessária aos olhos dos USA para que o Japão fugisse á influência Soviética e mais tarde Chinesa. Concluindo, esse povo não é assim tão naïf e bem intencionado como o artigo deixa pressupor. É apenas uma opinião.
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